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Independência, equidade e empoderamento

Educação financeira abre portas para a redução das desigualdades de gênero e garantia dos direitos das mulheres

Por Abril Branded Content
Atualizado em 29 Maio 2024, 14h48 - Publicado em 18 abr 2022, 17h14
Independência, equidade e empoderamento
 (Istock/Divulgação)
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Das 52 milhões de pessoas que empreendem no Brasil 30 milhões são mulheres. Os dados são da Global Entrepreneurship Monitor, principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, feita em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para elas, porém, o empreendedorismo é, sabidamente, mais desafiador. A conquista da equidade de gênero no mercado ainda está longe de acontecer – segundo o Fórum Econômico Mundial (FMI), ainda serão necessários mais 135 anos. Entre os obstáculos para milhares de mulheres que empreendem país afora estão a jornada dupla ou tripla, o preconceito, a falta de oportunidades e de acesso à informação, além da própria sociedade, que, de forma estrutural, coloca a mulher em uma posição de submissão e dependência: uma barreira a ser quebrada.

Dona do seu destino

Para a empresária à frente da marca Show de Coxinhas, de Manaus, no Amazonas, os últimos dez anos foram marcados por muitos desses desafios – e até outros.

A história, cheia de reviravoltas, tombos e superações, envolve falência, dívidas, inúmeros recomeços e apenas uma constante: Francineide Brandão, uma empreendedora resiliente que acreditou na ideia de seu cunhado – que queria comercializar pequenos salgados –, não sabia que a sua vida mudaria para sempre. “Ele me procurou com essa proposta, em 2012, porque sabia que eu tinha dinheiro guardado para comprar um carro. Eu investi no negócio e prosperamos rapidamente. Depois de abrir nossa segunda loja, meu cunhado quis desfazer a sociedade e eu segui sozinha.”

Naquele momento, Francineide entendeu que, apesar da sua experiência, o fato de ser mulher dificultaria algumas etapas do negócio. “Em encontros de trabalho, as pessoas me perguntavam onde estava o meu esposo, não acreditavam que eu era dona da empresa sozinha. Para elas, para a empresa ser grande, daquela dimensão, tinha que ser administrada por um homem”, conta.

Sua segunda sociedade, dessa vez com uma amiga, não deu certo. Mais uma vez, porém, Francineide deu a volta por cima. A amazonense abriu uma rede de franquias e, uma semana antes do início da pandemia, em 2020, já estava inserida nos aplicativos de delivery. “Cadastrei meus franqueados, aprendi a vender de forma online e, em um momento em que todo mundo estava demitindo, eu passei a contratar profissionais para suprir minha demanda.”

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O negócio, que começou com um carro de lanche, deslanchou. Hoje, Francineide está à frente de quatro lojas físicas – que seguem com vendas online –, cinco franquias e mais alguns revendedores.

O empreendedorismo, porém, não parou nos minissalgados. Francineide abriu, também, uma fábrica de produção de caixas, “afinal, quando um franqueado vai reabastecer seu estoque comigo, ele precisa de uma embalagem para transportar os alimentos”, explica.

A visão perspicaz de negócio parece estar no DNA de Francineide. Mas ela ressalta que apenas a vontade de empreender não a levaria tão longe. Não sem o conhecimento. “Empreender não é fácil. Muitas vezes dá vontade de desistir. O desejo de ter um negócio é só o começo, eu busquei cursos gratuitos, ouvi histórias de outras mulheres, fiz faculdade de gestão financeira e me muni de conhecimento para poder ter uma visão ampla do meu negócio”, conta.

Agora, sua meta é ter a melhor fábrica de congelados do estado e levar seus produtos aos supermercados. Um sonho que, depois de tantas vitórias, não parece tão difícil ou mesmo distante.

Lina Useche, cofundadora da ONG Aliança Empreendedora
Lina Useche, cofundadora da ONG Aliança Empreendedora (Mercado Livre/Divulgação)
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Uma questão de oportunidade e identidade

Empreendedorismo e busca por conhecimento são palavras que conectam Francineide a Michelle Fernandes, de São Paulo, a quase 4 000 quilômetros de distância.

O comecinho do negócio de Michelle também aconteceu em 2012. Na época, ela passava pela transição capilar para deixar os cabelos alisados de lado e assumir as madeixas naturais. Recém-desligada de seu emprego no setor administrativo, ela procurava uma oportunidade de trabalho em que pudesse usar o cabelo e as roupas que quisesse, incluindo acessórios como turbantes, que começavam a fazer parte do seu visual.

“Meu marido trabalhava em uma rua têxtil e trazia tecidos para mim. Minhas amigas, vendo pelas redes sociais, passaram a perguntar onde eu comprava meus turbantes e assim nasceu a minha empresa”, conta.

Michelle investiu o dinheiro que tinha em matéria-prima e se dedicou a aprender sobre diferentes amarrações, tecidos e marketing digital. “Criei minha página em uma rede social e fui avisando as pessoas. Em três meses, ganhei 13 000 seguidores. A Boutique de Krioula foi a primeira marca a trazer acessórios para favorecer a autoestima da mulher preta.”

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O marido também passou a fazer parte da empresa e, juntos, eles rodaram o país levando a marca. Em 2020, a chegada da pandemia abalou os negócios. Mas Michelle aproveitou a forte presença online – só em uma das redes que utiliza, são mais de 82 000 seguidores – para bolar estratégias. “Segui postando vídeos de tutoriais, ofereci cupons e mantive um bom relacionamento com minhas clientes”, afirma.

A empresária reduziu gastos com aluguel, ajustou as contas e seguiu pensando em inovações para apresentar novos produtos quando a situação melhorasse. Agora, a meta é se estabilizar e voltar novamente o olhar para eventos e viagens.

Ao analisar todo o caminho trilhado, Michelle entende que o conhecimento foi uma peça-chave para alcançar o sucesso. “Em 2012, até eu conseguir enxergar lucro dentro do meu negócio, tive várias barreiras. Sempre que a gente erra, a gente aprende. Mas os cursos estão aí para não errarmos tanto. As pessoas estão apoiando o empreendedorismo real. Aqui, a gente começa com pouco e faz acontecer. Buscar conhecimento é fundamental e tem muitas pessoas em quem se inspirar”, garante.

A própria Michelle, desde 2018, compartilha sua experiência em escolas e projetos da periferia, sendo um deles o programa Pretas Potências, do Instituto Feira Preta, que tem como objetivo fortalecer e acelerar negócios de mulheres negras. “É importante nos conscientizarmos também de que o apoio ao trabalho faz diferença. Ao comprar de uma pequena empreendedora, você está ajudando a alimentar todo um ecossistema; ao comprar o trabalho de uma mulher, você está oferecendo autonomia”, ressalta.

Michelle Fernandes, proprietária daBoutique da Krioula
Michelle Fernandes, proprietária daBoutique da Krioula (Mercado Livre/Divulgação)
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Empreendedorismo e o impacto social

Autonomia significa ter liberdade para gerir todos os aspectos da vida. Em 2020, a pesquisa Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil, encomendada ao Datafolha pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que cerca de 17 milhões de mulheres sofrem violência física, psicológica ou sexual. Mas o que o empreendedorismo tem a ver com isso?

De acordo com Izabella Borges, advogada criminalista, especialista em empoderamento feminino e violência contra a mulher, a dependência financeira é, hoje, um dos principais pilares que prendem a mulher dentro do ciclo de violência.

Segundo ela, a dependência financeira se funde à dependência emocional. Sem possibilidade de se manter financeiramente, a mulher tem a sensação de que é incompetente. Isso se torna uma vulnerabilidade e passa a ser uma questão a ser explorada pelo agressor. “Pensar sobre como sair do ciclo é tão complexo que muitas desistem. Muitas vezes, a perspectiva é a de subsistência básica: ela se mantém na situação de violência para conseguir sobreviver”, afirma.

Uma das saídas para essa situação é a emancipação. “O empoderamento por meio do conhecimento é uma das maiores ferramentas que temos para resolver esse problema e nos prevenir. É importante que elas busquem se desenvolver, dentro das habilidades que possuem, para conseguir romper o ciclo e garantir autonomia financeira.”

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Agora Vai, Mulher

Pensando exatamente na inclusão e na independência financeira, o Mercado Pago lançou em abril o programa Agora Vai, Mulher, iniciativa de educação financeira voltada exclusivamente para mulheres, com o intuito de levar o tema a micro e pequenas empreendedoras brasileiras.

Laura Motta, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre, explica que a fintech da companhia já contribuía para a inclusão financeira desse público por meio dos seus produtos e serviços, principalmente com acesso a crédito, mas enxergou uma necessidade de também investir em educação financeira, desenvolvendo capacidades para que as microempreendedoras possam gerir cada vez melhor os seus recursos. “Em 2021, fizemos uma pesquisa sobre o panorama de educação financeira que nos mostrou que 57% dos homens têm conta em banco, contra 51% das mulheres. E apenas 10% das mulheres conseguem poupar dinheiro, contra 16% dos homens, reforçando a oportunidade de olharmos para esse tema”, diz.

O programa, voltado para microempreendedoras com faturamento mensal de até R$ 5 000, quer capacitar 900 mulheres somente no Brasil. O Mercado Pago também está atuando com o tema em outros países da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai, impactando mais de 3 000 mulheres na região.

No Brasil, as participantes selecionadas terão à disposição um curso 100% gratuito e online, ministrado via WhatsApp, com módulos sobre gestão, precificação, negociação e tecnologias digitais. O conteúdo é oferecido pela Aliança Empreendedora, que trabalha há 17 anos apoiando microempreendedores. Nos outros países, essa missão ficará com a Pro Mujer, organização que ajuda mulheres a iniciar pequenos negócios. “Tivemos a preocupação de escolher parceiros que dialogassem com as microempreendedoras e que tivessem expertise e atuação nos contextos em que vamos trabalhar”, reforça Laura.

Lina Useche, cofundadora da ONG parceira do projeto no Brasil, conta que a Aliança Empreendedora já usava o WhatsApp em seus projetos desde o começo da pandemia. “Nós migramos para essa ferramenta com o intuito de levar as turmas presenciais para o virtual sem perder as conexões entre as pessoas”, conta. “As mulheres têm dificuldade em manter os negócios. Têm menos horas para se dedicar a eles, principalmente por conta do cuidado com casa e filhos. Sem rede de apoio, fica muito mais difícil dedicar tempo para estudar ou investir em capacitação para o negócio. É difícil ter visão de futuro, quando o presente consome.”

Para democratizar as aulas, os materiais ficarão disponíveis no app ao longo do dia, para que as participantes possam assistir quando puderem e, depois, o espaço será aberto para discussões e trocas. Serão três semanas de curso e, ao final, 100 mulheres serão contempladas também com uma fase de aceleração. “Nosso principal objetivo é que essas mulheres saiam empoderadas e com alta percepção empreendedora. Que elas vejam que o que têm em mãos não é só uma atividade temporária, não é só um bico. Que saiam com ferramentas e com conhecimento e que se sintam capazes de pensar como organizar seu tempo e suas finanças”, diz.

Laura Motta, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre
Laura Motta, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre (Mercado Livre/Divulgação)

Compromisso

O Mercado Pago, que já mantém compromisso com a agenda de educação financeira na América Latina e no Brasil, também vai oferecer capacitação virtual em educação financeira básica para 3 900 estudantes do ensino médio, entre 16 e 18 anos, de escolas públicas da região. Realizado em parceria com a Junior Achievement Americas, a iniciativa espera impactar 900 jovens somente no Brasil.

Maior fintech da América Latina, o Mercado Pago investe cada vez mais na democratização do acesso das pessoas aos serviços financeiros, contribuindo para a inclusão financeira e fomentando o poder de empreender. Para a empresa, essa democratização vai além da tecnologia e do crédito, significa oferecer conhecimento e ferramentas para que todos sejam capazes de gerir seus próprios recursos.

Pesquisas encomendadas pela empresa mostram que mulheres espalhadas país afora empreendem em meio a uma jornada de trabalho dupla e até mesmo tripla, precisando superar obstáculos, como a falta de tempo e oportunidades, para transformar os seus sonhos em realidade. Programas como o Agora Vai, Mulher querem, justamente, desmitificar essa visão de que gestão financeira é algo distante e inacessível e tornar o tema próximo dessas empreendedoras. As inscrições online vão até o dia 29 de abril.

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