A mensagem política por trás do show de Lady Gaga no Super Bowl
Lady Gaga não precisou falar nada: seu ato político é a sua música.

O processo de candidatura do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcado por diversos famosos usando suas vozes e sua arte para expressar o descontentamento com a situação. Lady Gaga, que é abertamente contra Trump e forte apoiadora da causa LGBT, fez o show do intervalo do Super Bowl, neste domingo (05), e não deixou de aproveitar a visibilidade para se expressar politicamente – mas não foram todos que perceberam isso.
Muitas pessoas, inclusive veículos de comunicação, falaram sobre a performance de Gaga frisando a não “pegada” política que a cantora deu à sua apresentação.
As far as I know, Gaga didn't say anything political at all. Just rocked it. https://t.co/ldffdShNRe
— Bill Mitchell (@mitchellvii) February 6, 2017
Thank you, Lady Gaga, for not getting political during #SuperBowl Halftime. And I'll give 2 Thumbs Up for God Bless America. #ladygaga
— Conservative Thought (@WordSmithGuy) February 6, 2017
Lady Gaga plays the hits, steers clear of politics during #SuperBowl halftime show https://t.co/gaec4SHCKs via @Fox411
— Fox News (@FoxNews) February 6, 2017
Na abertura da performance, Gaga cantou um trecho da música This Land Is Your Land, de Woody Guthrie, música ativista que fala de como o país é acolhedor e “de todos”, além de proclamar o juramento à bandeira dos Estados Unidos, que diz “uma nação, sob Deus, indivisível, com liberdade e justiça para todos”. Isso feito durante a semana que Trump decidiu banir a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana nos EUA.
Seguindo isso, Lady Gaga cantou uma de suas músicas mais famosas, Born This Way.
Apresentar essa canção, que é um hino de auto-aceitação LGBT, em frente de uma plateia que inclui Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos e um dos políticos atuais mais homofóbicos, é, além de necessário, um ato político! O verso “não importa se você é gay, hétero, bissexual, lésbico ou transgênero” marcou o Super Bowl por ser, de acordo com USA Today, a primeira vez que a palavra “transgênero” foi dita no palco da competição. Bravo!