O estilista Kenzo Takada, fundador da marca de roupas e perfumes Kenzo, morreu neste domingo (4), aos 81 anos, na França. Segundo informações do seu porta-voz, apuradas pela AFP, ele faleceu em decorrência do novo coronavírus.
Kenzo foi o primeiro estilista japonês a consolidar seu nome no mercado de moda parisiense. Na França, sua primeira coleção foi lançada em 1970 e, em seis anos, decidiu criar sua própria marca, a Kenzo.
A primeira linha de roupas para o público masculino chegou às lojas em 1983, cinco anos antes do lançamento do primeiro perfume. No ano de 1993, o grupo de luxo LVMH adquiriu os direitos da grife. A venda da Kenzo levou o estilista a diminuir o ritmo em 1999, possibilitando que ele entrasse apenas em projetos específicos de arte.
“Kenzo deixou sua marca no mundo de forma construtiva e significativa. Primeiro estilista japonês a fazer sucesso em Paris, onde desenvolveu a sua carreira e tornou seu nome mundialmente conhecido, seja por suas criações inconfundíveis ou por suas fragrâncias, ele continuava sendo uma das mais respeitadas figuras da alta moda parisiense, mesmo após se aposentar em 1999 para seguir carreira na arte”, comenta o editor de moda de CLAUDIA, Fabio Ishimoto.
O editor ainda ressalta as principais características do trabalho de Kenzo. “As referências étnicas, o uso de estampas ousadas e a paleta de cores são características marcantes do estilista e de sua marca, que prossegue como uma das mais importantes referências para a moda contemporânea”.
A sua relação com a moda era familiar. Nascido em Himeji, no Japão, o interesse por desenhos e pela costura foi introduzido por suas irmãs. Com “quase oito mil desenhos”, o estilista “nunca deixou de celebrar a moda e a arte de viver”, disse seu porta-voz.