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Em SP, alunas de baixa renda receberão gratuitamente absorvente íntimo

João Doria, governador de São Paulo, anunciou a iniciativa nesta terça-feira (15)

Por Da Redação
Atualizado em 16 jun 2021, 12h42 - Publicado em 15 jun 2021, 16h38
absorvente
 (Elizabeth Fernandez/Getty Images)
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No Brasil, cerca de 713 mil meninas não conseguem usar o banheiro ou chuveiro dentro de casa e mais de 4 milhões não possuem acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas. Esses dados são do relatório Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos, divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 28 de maio deste ano, quando foi celebrado o Dia Internacional da Dignidade Menstrual.

Assim como o estudo mostra, a quantidade de mulheres em condição de pobreza menstrual é alarmante. O combate a esse problema de saúde pública é feito principalmente pelo terceiro setor, que, além de articular doações, também pressiona o poder público a garantir o direitos de todas as cidadãs.

O movimento vem surtindo efeito. Prova disso é que nesta terça-feira (15), o Estado de São Paulo, por meio do seu governador João Doria (PSDB), anunciou que alunas de baixa renda da rede pública estadual, entre 10 e 18 anos, vão receber gratuitamente absorventes íntimos.

Distribuído na própria escola da estudante, o item deverá ser solicitado a funcionários da instituição. Para a Folha de S.Paulo, o secretário de Educação, Rossieli Soares, afirmou que não há um lugar específico para o produto ser retirado e que caberá à direção da escola fazer a compra. O investimento do programa Dignidade Íntima será de 30 milhões de reais para este ano.

“Pouca gente sabe, mas milhares de jovens deixam de ir às aulas quando estão menstruadas. Vulnerabilidade social não pode limitar oportunidades”, escreveu o Doria no comunicado divulgado pelo Twitter.

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Antes de São Paulo, no Brasil, o Distrito Federal também aprovou uma lei que prevê a distribuição de absorventes em escolas públicas. Fora do país, a Nova Zelândia, governada pela primeira-ministra Jacinda Ardern, anunciou a mesma medida em fevereiro deste ano.

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Já na Escócia a Lei de Produtos Menstruais torna responsabilidade das autoridades locais a disponibilização de absorventes e outros artigos de higiene para todos que deles precisarem.

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