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O relato de Amy Dorris: a 26ª mulher a acusar Donald Trump de abuso sexual

O caso teria acontecido em 1997, no torneio do US Open. Acusações contra o presidente revelam suposto comportamento repetitivo de abuso e assédio

Por Da Redação
Atualizado em 17 set 2020, 15h23 - Publicado em 17 set 2020, 15h00
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  • “Não sei como você chama isso quando se enfia a língua na garganta de alguém. Mas eu empurrei com meus dentes. Eu estava pressionando. E eu acho que posso ter machucado a língua dele”, disse a ex-modelo Amy Dorris, que acusa o presidente Donald Trump de estupro

    Em entrevista ao jornal The Guardian, ela revelou que o crime aconteceu na final do campeonato US Open, quando Trump a teria a abordado ao lado de fora do banheiro da área VIP, em Nova York no dia 5 de setembro de 1997.

    A modelo tinha 24 anos na época . Ela contou em detalhes como foi o abuso e que, em determinado momento, não conseguiu escapar os apertos de Trump. “Ele apenas enfiou a língua na minha garganta e eu o estava empurrando. E então foi quando seu aperto ficou mais forte e suas mãos estavam muito grudentas e em toda a minha bunda, meus seios, minhas costas, tudo”, disse ela. 

    Através de seus advogados, o atual presidente dos Estados Unidos negou as acusações feitas pela ex-modelo. Para fortalecer ainda mais sua versão, Dorris forneceu fotos com o magnata, que na época tinha 51 anos e era casado com a sua segunda esposa Marla Maples.

    Dezenove anos depois do ocorrido, em 2016, Dorris decidiu falar publicamente sobre o caso quando várias outras mulheres fizeram acusações parecidas contra o então candidato republicano à presidência. “Quero que minhas filhas, prestes a completar 13 anos, saibam que  se não deve permitir que ninguém faça nada que você não queira. E eu prefiro ser um modelo a seguir. Quero que vejam que não fiquei quieta, que enfrentei alguém que fez algo inaceitável”, disse Dorris. 

    Contato direto com Donald Trump e suposto abuso

    Dorris conta que, depois de ser levada para Nova York pelo seu namorado Jason Binn, passou vários dias com Trump em setembro de 1997. Jason é fundador de diversas revistas de moda e era amigo de Trump. Em 1999, ele teria descrito o empresário como seu melhor amigo.

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    Com outros amigos, o casal foi até o camarote particular de Trump, como mostram as fotos apresentadas por Dorris. A agressão teria acontecido quando ela se levantou para ir ao banheiro, porque estava com problemas em sua lente de contato e foi ao banheiro para molhar. Quando ela saiu, Trump estava do lado de fora. “Inicialmente pensei que ele estava esperando para ir ao banheiro, mas não foi o caso, infelizmente”, disse ela. 

    Ela conta que, Trump a pressionava e apertava enquanto ela tentava se esquivar. A modelo mencionou o ocorrido com o seu então namorado, Jason Binn, mas o mesmo disse não lembrar de que Dorris tenha dito a ele qualquer coisa inadequada em relação ao seu amigo, de acordo com os advogados do presidente.

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    A former model has come forward to accuse Donald Trump of sexually assaulting her more than two decades ago. Amy Dorris says the alleged incident at the US Open tennis tournament in 1997, when she was 24, left her feeling “sick” and “violated”. Speaking publicly about the alleged incident for the first time, Dorris claims Trump grabbed her as she came out of the bathroom of his VIP box at the event, forced his tongue down her throat and held her in a grip from which she couldn't escape. Trump's lawyers said he denied in the strongest possible terms having ever harassed, abused or behaved improperly toward Dorris.

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    Amy Dorris foi questionada não ter se afastado de Trump depois do suposto abuso sexual. Fotos mostram que ela no camarote do US Open, e na Trump Tower, ao lado de cantores famosos. “Eu era da Flórida e estava com Jason. Eu não tinha dinheiro, não tinha para onde ir. Estávamos indo de evento em evento e foi impressionante. As pessoas passam anos perto de pessoas que as abusaram, é isso que acontece quando algo traumático acontece, você congela”, disse ela.

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    Outras acusações de abuso sexual contra Donald Trump

    Amy Dorris seria a 26ª mulher a acusar o atual presidente dos Estados Unidos. A alegações são de má conduta, assédio e estupro. Trump nega todas , e a respeito de duas delas, diz que mulheres não eram “atraentes o suficiente para ele”.

    A ex-modelo Karena Virginia disse que Trump teria tocado seus seios em um torneio do US Open em 1998. Em 2016, quando ela decidiu fazer a denúncia, um representante de Trump considerou seu relato fictício. Kristin Anderson, também ex-modelo, afirma que Trump colocou a mão por baixo de sua saia e tocou seus órgãos genitais em um bar em Nova York em 1990.

    Karen Johnson, uma ex-dançarina, revelou que foi “agarrada e puxada para trás de uma tapeçaria” e Trump teria a beijado a força nos anos 2000 no resort Mar-a-Lago. Essas alegações são semelhantes com a denúncia de Jill Harth, que contou que Trump teria a abusado sexualmente no quarto de sua filha, também no resort no inicio de 1990.

    A acusação de Jéssica Leeds  contra o magnata é a alegação que se refere a tempos mais longínquos. Ela contou que, no final dos anos 70, sentou-se ao lado de Trump na cabine da primeira classe de um voo para Nova York. Cerca de 45 minutos depois da decolagem, Trump ergueu o braço na poltrona, agarrou seus seios e tentou colocar a mão em sua saia. “Acredite em mim, ela não seria minha primeira escolha. Isso eu posso te dizer”, afirmou ele, negando a acusação. 

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    A mais recente acusação feita é da jornalista e escritora E. Jean Carrol, no ano passado. Segundo ela, Trump a teria estuprado em meados da década de 90. O caso teria acontecido na luxuosa loja Bergdorf Goodman, em Manhattan. A jornalista processou o presidente em novembro de 2019, depois dele dizer que ela estava mentindo e que não a conhecia.

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