A ruptura da barragem da Vale, em Brumadinho, atingiu muitos animais que vivem na região. Na segunda-feira (28), um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atirou em animais ilhados na lama.
Dentre os helicópteros que faziam o resgate das vítimas, um sobrevoava bem baixo para atirar nos animais, afirmam os ativistas em defesa dos bichos. Para cada vaca atolada, eram feitos cerca de cinco disparos.
A PRF se pronunciou em relação ao caso. “O procedimento de sacrifício (eutanásia) dos animais, objeto deste questionamento, foi realizado com o atendimento de todos os protocolos de segurança aplicáveis ao caso, a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate.”
Durante as operações de resgate, um bovino e um equino sofreram eutanásia por arma de fogo, segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais. Além disso, segundo o presidente desse órgão, Bruno Divino, o método é autorizado pelo “Guia Brasileiro de Boas Práticas para Eutanásia Animal” e foi escolhido porque os animais estavam sofrendo muito.
Os tiros são uma alternativa para quando o animal estiver em uma situação de sofrimento extremo sem que agentes possam acessar o local onde estão presos. Em outras situações, foi dada a orientação para resgatar o animal da lama ou fazer a eutanásia através de anestésicos.
Muitos ativistas de defesa dos animais estão questionando a atitude como estão sendo feitos os sacrifícios. “Essa não é a maneira correta de sacrificar um animal que já está com muito sofrimento. A única coisa que justifica é eles estarem querendo brincar de tiro ao alvo”, disse a defensora dos animais, Luisa Mell.
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