Ataques simultâneos a tiros em duas mesquitas na cidade de Christchurch, ilha localizada ao sul da Nova Zelândia, deixaram 49 mortos e 48 pessoas feridas, sendo 12 delas em estado grave. O massacre aconteceu nesta sexta-feira (15)
Quatro suspeitos foram presos, mas a polícia ainda não divulgou as identidades deles e nem das vítimas. Os detidos são três homens, um deles seria australiano, e uma mulher. As autoridades informaram, porém, que não descartam a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas ao atentado e que estejam foragidos.
As mesquitas atacadas foram de Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley, e de Linwood, que reunia cerca de 300 pessoas para as tradicionais orações.
Em uma delas, um homem disparou contra a multidão com rifle automático e, usando uma câmera no capacete, o assassino filmou e transmitiu ao vivo o ataque. O Facebook já apagou a conta utilizada e está trabalhando para deletar as cópias do vídeo. Nas redes, o homem se identificou como australiano de 28 anos de extrema-direita e contrário às imigrações. A polícia neozelandesa não confirma que esse homem está entre os detidos.
De acordo com informações do portal G1, as testemunhas descreveram o atirador como branco, loiro, magro e de baixa estatura e que ele usava óculos e um casaco em estilo militar.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, definiu o ataque como “um ato de violência sem precedentes”.
“O que aconteceu em Christchurch é um ato extraordinário de violência sem precedentes. Não há lugar para violência na Nova Zelândia. Muitas das vítimas serão membros de nossas comunidades migrantes – Nova Zelândia é a casa deles – eles somos nós”, escreveu em seu Twitter. Ela também classificou hoje como “um dos dias mais sangrentos da história”.
What has happened in Christchurch is an extraordinary act of unprecedented violence. It has no place in New Zealand. Many of those affected will be members of our migrant communities – New Zealand is their home – they are us.
— Jacinda Ardern (@jacindaardern) March 15, 2019
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