Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, sofre atentado
Na noite de quinta-feira, um homem de nacionalidade brasileira, apontou uma arma para a política e disparou, mas o tiro falhou

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner sofreu um atentado na noite de quinta-feira, quando um brasileiro de 35 anos apontou uma arma de fogo para sua cabeça e disparou, mas o tiro falhou. Tudo aconteceu em frente à casa da política, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, quando ela cumprimentava uma pequena multidão de apoiadores, como mostram as imagens capturadas em vídeo.
https://twitter.com/sergioVillone/status/1565501693701275650?
Aníbal Fernandez, ministro de Segurança da Argentina, informou que o homem, identificado como Fernando Andres Sabag Montiel, de nacionalidade brasileira, foi preso imediatamente e que a arma está em posse da polícia. De acordo com as autoridades do país, Montiel tem antecedentes penais: em março de 2021, foi processado por porte de arma não convencional, em La Paternal, onde reside. O jornal argentino Clarín informou que, na ocasião, o brasileiro foi preso portando uma faca e declarou que o objeto seria para defesa pessoal.
Repercussão
“É o evento mais sério que passamos desde que a Argentina voltou à democracia. Não há chance de violência coexistir com democracia. Cristina permanece viva porque, por algum motivo que ainda não foi confirmado, a arma com cinco balas não disparou mesmo com o gatilho sendo puxado”, disse Alberto Fernández, atual presidente argentino.
Outros líderes políticos da América Latina repudiaram o atentado, inclusive o ex-presidente e candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT): “Toda a minha solidariedade à companheira @CFKArgentina [Cristina Kirchner], vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa”, escreveu no Twitter.
“Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições”, manifestou-se a também candidata à Presidência Simone Tebet (MDB).
A influenciadora e ativista LGBTQIA+ e PCD Leandrinha Du Art, que se candidatou a deputada federal em 2018, afirmou em suas redes sociais que, durante sua campanha, sentia o medo constante de ter uma arma apontada contra sua cabeça e “não ter a sorte que Cristina teve”. “Essa cena horrível da tentativa de assassinato é aterrorizante”, definiu.