O professor australiano Gordon Douglas Chalmers, 42 anos, foi detido em novembro passado suspeito de cometer crimes de pedofilia. Na quinta-feira (9), a polícia da Austrália informou que o homem é acusado de 900 crimes sexuais contra menores após se passar pelo cantor Justin Bieber, ídolo de crianças e adolescentes. Por meio das redes sociais, ele atraia fãs e pedia imagens íntimas às crianças.
Em novembro, autoridades da Alemanha e Estados Unidos detectaram atividade suspeita e alertaram oficiais da Austrália, que revistaram a casa de Chalmers em Brisbane, no estado australiano de Queensland. Ele foi acusado de usar servidores de internet para se conectar com menores de 16 anos e ter acesso a material pornográfico.
Após exames em seu computador, nesta semana foram apresentadas 931 acusações adicionais a Chalmers, por crimes sexuais contra menores – incluindo estupro, exposição indecente de menores e produção de material de exploração infantil. De acordo com a polícia, o acusado começou com as ações em 2007. Ele usava redes sociais como Facebook e Skype para se passar pelo astro teen Justin Bieber e convencer crianças e adolescentes e lhe enviarem imagens íntimas.
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Segurança das crianças na internet
Apesar da facilidade em lidar com a tecnologia, as crianças não sabem se proteger na rede. Os adultos precisam assumir a educação virtual de crianças e adolescentes. “E nem é preciso ter conhecimento especializado para isso”, afirma a psicóloga Juliana Cunha, coordenadora psicossocial do Helpline, canal de orientação gratuito a crianças e adolescentes vítimas de violência na internet da ONG SaferNet. Segundo ela, o primeiro passo é criar um código de conduta para as crianças na rede, além de acompanhar o que eles andam acessando.
Para Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG, empresa de soluções em segurança online, o ambiente virtual é análogo ao real e, por isso, valem os valores offline na hora de orientar os filhos. “A internet é o mundo e nossos filhos precisam saber quais comportamentos são seguros e quais não são ao usar a rede”, explica .
Coloque em prática:
– Navegue junto com os pequenos até que completem 7 anos;
– Peça que as crianças usem computadores, tablets ou celulares em áreas ao seu alcance e sem fones de ouvido para que possa acompanhar;
– Altere as configurações do YouTube para que o site não faça indexação de vídeos. Isso significa que diminuirão as sugestões de vídeos relacionados que surgem no canto da tela ou no fim de cada exibição, podendo levar a conteúdos inadequados;
– Melhor não impedir que entrem em redes sociais (podem fazer escondido!), mas conversar sobre os riscos e convencê-los a nunca adicionar estranhos. Desconfie se ele tiver uma rede de amigos muito ampla;
– Não tente controlar cada passo online de um filho adolescente. Dialogue com ele sobre a vida virtual e mostre como evitar riscos;
– Se seu filho joga pela internet com desconhecidos, oriente-o a criar um apelido e nunca expôr informações pessoais;
– Ensine que senhas devem ser mantidas em local seguro e não podem ser compartilhadas;
– Oriente os pequenos a não publicar informações sobre os locais que frequentam.
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