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Jovem que sofria com preconceito morre após cirurgia bariátrica

Amanda Rodrigues apanhava dos colegas na escola e sofria por não caber nas roupas que gostava. Morreu aos 19 anos após complicações cirúrgicas.

Por Da Redação
Atualizado em 2 fev 2017, 16h04 - Publicado em 2 fev 2017, 16h02
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  • Desde os 7 anos de idade, Amanda Rodrigues ofreu preconceito pelo excesso de peso, chegando a apanhar de colegas de sala na escola e ouvir comentários maldosos de parentes. Aos 19 anos, a maquiadora de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, decidiu se submeter a uma redução bariátrica para que o preconceito e o sofrimento acabassem.

    A cirurgia foi feita em 17 de janeiro, porém não transformou sua vida como ela pensava.  Apenas 11 dias após o procedimento, a garota faleceu, no mesmo hospital, vítima de uma embolia pulmonar (quando um coágulo se solta em uma veia e se aloja numa artéria do pulmão).

    Veja também: Metade das crianças e jovens do mundo sofre bullying, aponta ONU

    A história ficou conhecida na internet a partir de um depoimento sofrido da irmã de Amanda: “A minha irmã não resistiu. Ela entrou no hospital com a carteirinha e a identidade e saiu com um atestado de óbito. A minha irmã não ficou nem 24 horas no hospital. A minha irmã morreu com sede, com dor, arrependida da cirurgia. A minha irmã não vai mais sorrir, não vai dirigir, não vai se formar, não vai trabalhar, não vai namorar, não vai ser mãe, nem tia”, escreveu Mayara Rodrigues em seu perfil do Facebook.

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    A publicação já acumula 66 mil compartilhamentos e 1600 comentários. Mayara também contou detalhes da dificuldade de irmã em conviver com o excesso de peso, como os apelidos indesejados, os olhares de desaprovação, a falta de cadeiras que comportassem seu corpo, a vergonha de um “corpo que não era 38”, entre outros.

    “Amanda nunca soube o que era entrar em uma loja e escolher a roupa que ela queria. Nessa virada de ano, ela passou com uma blusinha branca e um short. Ela queria um vestido, mas não tinha o tamanho dela. Ela me perguntou se estava bonita e eu respondi que ela estava linda, logo em seguida eu escutei mais uma das frases doídas que sempre saíam dela ‘Irmã, eu não gostei dessa roupa, estou me sentindo muito feia. Mas era a única que cabia em mim’”.

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    Após inúmeras tentativas em diminuir o peso, como acompanhamento médico, dieta, remédio e atividades físicas, Amanda e sua família optaram em conjunto pela cirurgia. “Ela estava tão feliz, tão feliz… ‘Eu vou ficar bonita, as pessoas vão gostar de mim’”.

    No dia 28 de janeiro, Amanda retornou ao hospital com dores fortes, mas nada de anormal foi identificado. Os familiares apontam erro médico. Em depoimento ao site BuzzFeed, o cirurgião responsável pelo procedimento, Gustavo Cunha Rodrigues, disse ter seguido todos os protocolos.

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