Clóvis Aparecido Vesco, massagista do departamento de futebol do Santos, foi preso preventivamente no dia 17 de junho. Ele é acusado de atrair menores de idade até sua casa em Santos e abusar sexualmente deles. Clóvis prometia que ajudaria os meninos a entrar no futebol profissional e a conhecer seus ídolos para seduzi-los até o local. As informações são do UOL Esportes.
As investigações começaram no final de 2018 quando a mãe de um dos menores, denominado P., denunciou Clóvis à polícia. Os pais haviam permitido que o menino, de 14 anos, viajasse para a casa do massagista, que era conhecido da família, depois da promessa de conhecer os atletas do Santos.
Segundo a mãe, ela percebeu que algo estava errado porque, depois que voltou para sua casa no interior paulista, P. estava muito quieto e até evitava sair do quarto. Depois de seis dias, a mãe questionou o filho e ele afirmou ter sido estuprado por Clóvis.
P. contou que se sentiu sonolento após tomar um suco de caixinha e, depois, só se lembra de acordar com o homem nu deitado ao seu lado na cama e se esfregando em seu corpo. Ele logo adormeceu de novo e, no dia seguinte, foi levado para casa como se nada houvesse acontecido.
A mãe de P. levou o relato à polícia e resolveu tentar conseguir provas do crime usando o celular do menino para conversar com Clóvis, indicando que gostaria de repetir o ato. O UOL Esportes divulgou trechos da conversa, em que o homem confirma o estupro e pergunta ao menino se ele gostaria de voltar a se encontrar.
Os diálogos se estenderam por mais de um dia e o homem periodicamente pedia que o menino apagasse mensagens que trocavam. Ele também pedia fotos para comprovar a identidade do menor.


A defesa de Clóvis nega o abuso e afirma que, desde o início da conversa, o massagista teria percebido estar conversando com alguém se passando pelo menor e foi irônico nas mensagens. O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Clóvis logo no início deste ano, mas o juiz que cuidava do caso declarou que ele deveria ter o direito de responder pelas acusações em liberdade.
Cita ainda que ele, que tem 63 anos, sofre de diabetes que o tornou impotente e incapaz de cometer o estupro. Uma declaração médica que confirma a condição e defende que ele deve ser tratado com remédios foi anexada ao caso.
Procurado pela reportagem do UOL Esportes, o Santos disse não poder comentar o caso porque as investigações ocorrem sob sigilo de justiça. O homem, que foi massagista do clube por nove anos, sempre trabalhando com atletas profissionais e maiores de 17 anos, foi demitido.
Leia mais: Crianças contraem “síndrome do lobisomem” após tomarem remédio
+ Bebê nasceu com DIU preso ao cabelo