Rebeca Andrade é ouro no individual geral do Mundial de ginástica
Com essa conquista, inédita para o Brasil, a jovem de 23 anos é a nova ginasta número 1 do mundo
A brasileira Rebeca Andrade, de 23 anos, é a nova ginasta número 1 do mundo. Nesta quinta-feira, a jovem conquistou o ouro inédito para o Brasil no individual geral do Mundial de ginástica artística. Tudo ao ritmo de “Baile de Favela”, música sobre a qual ela montou sua rotina de exercícios. Somando 56.899 pontos nos quatro aparelhos, nem mesmo uma pequena falha nas barras assimétricas tirou de Rebeca o primeiro lugar e ela ficou com um ponto e meio de vantagem sobre a americana Shilese Jones, que levou a medalha de prata. Já a britânica Jéssica Gadirova ficou com o bronze.
“Foi o trabalho todo da minha equipe multi-disciplinar, das meninas. Trabalhamos muito duro. Estou orgulhosa de mim. Sei o quanto trabalho para chegar aqui. Estou muito feliz. Eu não gosto de pensar no que as pessoas estão fazendo, e sim no que tenho que fazer. Na hora da série não preciso inventar nada novo, é algo que treinei, boto minha concentração nisso, respiro fundo e faço a ginástica que eu sei”, disse a ginasta após celebrar com a bandeira brasileira na arena de Liverpool, no Reino Unido.
Trata-se, de fato, de uma conquista histórica que insere o Brasil em meio aos Estados Unidos, Rússia e Romênia, os três países que dominam as vitórias na modalidade individual geral. Graças a Rebeca, nosso país é a oitava nação com um título que equivale ao de ginasta mais completa de um Mundial (Jade Barbosa já havia subido ao pódio, mas com a medalha de bronze).
Mas Rebeca já está acostumada a fazer história: com duas medalhas nas Olimpíadas de Tóquio (de ouro no salto e de prata nas barras assimétricas), ela se tornou a primeira brasileira com três medalhas em mundiais, além de ser a primeira ginasta do país a ser campeã de duas provas diferentes em Mundiais. E ela ainda voltará a competir em Liverpool, na disputa por três pódios neste fim de semana (nas barras, na trave e no solo). Será que vem mais medalhas por aí?