Tio acusado de estuprar e engravidar sobrinha de 10 anos é preso
O homem, de 33 anos, foi localizado em Minas Gerais e foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça
O tio da criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada, principal suspeito pelo crime, foi preso durante a madrugada desta terça-feira (18) em Betim, Minas Gerais. Ele estava foragido desde que a gravidez da sobrinha foi descoberta, na semana passada.
A informação sobre a prisão do suspeito foi divulgada pelo governador do Espírito Santo, onde o caso aconteceu, Renato Casagrande (PSB), em sua rede social. “Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza”, disse.
A nossa polícia efetuou nesta madrugada a prisão do estuprador da menina violentadano no interior do ES. Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje.
— Renato Casagrande (@Casagrande_ES) August 18, 2020
De acordo com a Polícia Civil, o homem, de 33 anos, não resistiu à prisão e será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, na Grande Vitória. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça – em depoimento, a sobrinha contou que nunca tinha revelado os abusos que sofria desde os seis anos a um familiar devido às ameaças que sofria do tio, que já tinha sido preso por tráfico de drogas em 2011.
A criança passou por um procedimento legal de interrupção da gravidez, em Recife (PE), na última segunda-feira (17). A autorização judicial para o aborto causou protestos por parte de grupos religiosos e conservadores. A Promotoria da Infância e da Juventude de São Matheus, inclusive, irá investigar se pessoas ligadas a grupos políticos foram até a casa da avó da menina, com quem ela morava, para pressioná-la a não realizar o procedimento.
Após o aborto, equipes da Polícia Científica de Pernambuco coletaram amostras genéticas do feto e da criança, após determinação da Justiça do Espírito Santo. De acordo com a chefe da instituição, Sandra Santos, os perfis de DNA das duas amostras serão traçados, enquanto o DNA do suspeito será traçado em Minas Gerais.
“O normal é ele negar, dizer que não foi ele, mas com isso, se apresentam provas materiais do crime de estupro e do que chamamos de paternidade criminosa”, disse.