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Will Smith fala sobre racismo em Hollywood: “Convivo com o preconceito constantemente”

Ator participou de debate sobre a indústria cinematográfica americana

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 out 2016, 21h18 - Publicado em 24 nov 2015, 10h39
Getty Images
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Um dos atores mais renomados de Hollywood e figura presente todos os anos nas listas de atores mais bem pagos do mundo, Will Smith confessou que nem tudo são flores na sua carreira. Ele revelou que já sentiu na pele o racismo ao longo de sua trajetória e que sente que está constantemente sofrendo preconceito.

Durante uma mesa redonda proposta pela The Hollywood Reporter, Will debateu com Michael Caine, Benicio Del Toro, Joel Edgerton, Samuel L. Jackson e Mark Ruffalo os aspectos negativos da indústria cinematográfica. Preconceito na escalação de atores foi um dos tópicos da discussão.

“Todo mundo é preconceituoso. Cada pessoa tem experiências de vida que o levam a preferir uma coisa em detrimento de outra – é o que faz alguns preferirem uma mulher loira a uma morena, por exemplo. Mas se você vê alguém com pele escura andando pela rua e tem uma reação diferente do que você teria se a pessoa fosse branca, aí há uma conotação de racismo de superioridade”, afirmou. 

Will afirmou ainda que convive com o “preconceito constantemente” na escalação de atores para determinados papeis, apesar de raramente lidar diretamente com o racismo. “Eu não quero trabalhar para eles [racistas]”, disse Smith. “E as vezes que tentam entrar em contato comigo eu prefiro ficar longe dessas pessoas.” 

Will não acredita, no entanto, que os atores sejam totalmente reféns. Quando se trata de esmagar o ódio, “como atores, temos o poder final”. “O que fazemos não que é uma responsabilidade, mas é um fórum para ajudar a mudar corações e mentes. Então, quando eu estou escolhendo um filme, eu reflito sobre o poder global das imagens que irei enviar”, explicou, revelando ainda que só aceita participar de um projeto após considerar qual é a real mensagem passada pelo filme.

O ator não estava sozinho em sua opinião. Del Toro revelou que também sentiu na pele o preconceito. Ele contou que quando começou a fazer testes para papeis nos Estados Unidos agentes o aconselharam a mudar de nome.  “Talvez seja um dos maiores erros que eu já fiz, não mudar o meu nome”, riu Del Toro.  Mas Smith sustentou que o cinema americano está à frente quando se trata de fazer filmes sobre diversos personagens e que sempre há lugar para atores talentosos. 

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