Zuza Homem de Mello morreu neste domingo (4) após um infarto no miocárdio, que foi confirmado pela família em um anúncio nas redes sociais dele. O músico, jornalista e escritor tinha 87 anos.
Segundo a família, Zuza faleceu dormindo dentro do seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Por conta da pandemia, o velório será restrito aos familiares.
“Com enorme dor no coração comunico que perdemos nosso querido Zuza. Ele morreu dormindo, de infarto, após termos brindado na noite de ontem todos os projetos bem sucedidos”, escreveu a família no perfil do Instagram.
A música ganhou mais espaço na vida do paulistano, quando ele saiu da faculdade de engenharia em 1955. Com a decisão de focar na sua grande paixão, no ano seguinte, Zuza já era colunista dos jornais Folha da Noite e Folha da Manhã e passou a estudar mais a área. A partir de 1957, ele vai para os EUA e se forma em musicologia na Juilliard School of Music, de Nova York.
Os estudos deram bagagem para Zuza consolidar seu trabalho. Por 10 anos, o especialista atuou na Rede Record como engenheiro de som e contratante de grandes artistas para os programas de MPB e os famosos festivais de música da emissora.
Pela Editora Abril, Zuza conduziu, ao lado de Tárik de Souza, a terceira edição dos fascículos História da Música Popular Brasileira.
Dos anos de 1977 a 1988, o rádio também passa a ser uma de suas áreas de atuação. Na Jovem Pan Am, ele apresentou o Programa do Zuza, enquanto era crítico no jornal Estado de São Paulo e da revista Som 3.
Ao longa da sua carreira, o pesquisador foi responsável pela direção de grandes shows, atuando com artistas como Elis Regina, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Elizeth Cardoso, e importantes festivais. Desde 2018, Zuza ocupava a cadeira nº 17 da Academia Paulista de Letras.