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Bolsonaro é denunciado na ONU por ataques a mulheres jornalistas

Segundo a jornalista Bianca Santana, o presidente e seus ministros são responsáveis por mais de 54 atos violentos contra essas profissionais

Por Da Redação
7 jul 2020, 21h31

O presidente Jair Bolsonaro, que foi diagnosticado com Covid-19 nesta terça-feira (7), foi denunciado hoje no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, por conta de ataques às mulheres jornalistas. Nesta semana, a jurista e relatora especial das Nações Unidas sobre Violência contra a Mulher, suas Causas e Consequência, Dubravka Šimonovic, destacou a violência de gênero que as comunicadoras ao redor do mundo vêm enfrentando diariamente no ambiente de trabalho, pontuando a importância dos Estados assumirem a responsabilidade em relação às medidas de proteção para essas profissionais.

Representando as organizações Terra de Direitos e Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH), além do apoio de mais 17 iniciativas, a jornalista Bianca Santana fez uma participação virtual na 44ª sessão do Conselho para registrar os ataques do Governo Bolsonaro às jornalistas brasileiras. Em um vídeo, Bianca afirmou que “desde o início do atual governo, as jornalistas foram atacadas pelo presidente ou seus ministros por, pelo menos, 54 vezes, um número sem precedentes na história recente do país. Esta exposição sistemática gera ataques virtuais massivos por seus seguidores, com consequências concretas para as vidas dessas comunicadoras”, pontuou.

Vale ressaltar que a própria jornalista foi vítima de uma acusação falsa por parte de Jair no mês de maio, quando a mesma publicou um artigo no portal UOL sobre a relação entre familiares e amigos de Bolsonaro e os acusados de assassinar a parlamentar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. “O Estado brasileiro tem a obrigação de garantir um ambiente seguro para as mulheres jornalistas”, finalizou Bianca Santana.

Não é a primeira vez que o presidente é denunciado no Conselho de Direitos Humanos. No dia 10 de março deste ano, pela primeira vez na história, organizações brasileiras se uniram em torno de um manifesto de alerta para violações cometidas por Bolsonaro, como aversão a ativismo e ataques sexistas contra jornalistas. Foram mais de 70 entidades signatárias. Na época, Sérgio Rodrigues dos Santos, ministro-conselheiro da Missão Permanente do Brasil junto à ONU, declarou que estava surpreso com as “acusações infundadas” e que a Constituição brasileira garante os direitos de expressão.

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Segundo o informe anual ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, o jornal britânico The Guardian analisou 70 milhões de comentários deixados em suas publicações desde 2006. O levantamento mostrou que no ranking dos dez jornalistas mais atacados, oito eram mulheres, sendo que duas lésbicas e os dois homens negros. Como conclusão, a pesquisa identificou que as matérias escritas por mulheres, independente do tema, são as que mais recebem ataques e abusos, que dificilmente seria feitos pessoalmente.

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