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Agosto Dourado: conheça todos os benefícios da amamentação

Seguro e fonte de prevenção em saúde, o aleitamento materno apresenta uma série de benefícios para mães e bebês a curto e longo prazo

Por Abril Branded Content
15 ago 2022, 18h58
Dasa
 (Dasa/Divulgação)
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Você já ouviu falar que a amamentação é um ato de amor? Por trás desse dito popular, há muita ciência, já que, comprovadamente, o aleitamento materno é a forma de proteção mais eficaz contra a mortalidade infantil.1 Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de crianças são salvas por ano por conta do aumento das taxas de amamentação. Afinal, o leite materno tem tudo o que a criança precisa até os 6 meses.2

Justamente com o propósito de incentivar a amamentação, neste mês é celebrado o Agosto Dourado, em referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno.3 De acordo com a dra. Juliana Sobral, pediatra do banco de leite da Maternidade Brasília, no Distrito Federal, que faz parte da Dasa – maior rede de saúde integrada do Brasil –, o aleitamento materno traz diversos benefícios para a saúde dos bebês, sobretudo na aquisição de anticorpos.“Crianças que são amamentadas com leite materno também apresentam menos chance de ter infecções, como pneumonia, diarreia e otite. E, quando há alguma infecção, os quadros costumam ser mais leves e com uma recuperação mais rápida, evitando a internação da criança. Por meio da amamentação, a mãe também passa para o bebê os anticorpos das vacinas que tomou”, explica a médica.

Juliana Sobral, pediatra do banco de leite da Maternidade Brasília -
Juliana Sobral, pediatra do banco de leite da Maternidade Brasília – (Dasa/Divulgação)

Benefícios para os bebês

A OMS recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, o aleitamento seja mantido até, pelo menos, os 2 anos.1 As pesquisas apontam que as crianças que são amamentadas têm menos probabilidade de desenvolver doenças como asma, diabetes e obesidade.Além disso, a amamentação é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.3 Os benefícios também podem ser sentidos na capacidade cognitiva. “As crianças amamentadas com leite materno apresentam um maior coeficiente de inteligência, são mais seguras e, assim, podem ter até uma melhor desenvoltura na vida. Ou seja, não é só uma vantagem imediata”, reforça a dra. Juliana.

Benefícios para as mães

As mães também se beneficiam quando amamentam seus filhos. As vantagens, como conta o dr. Rogério Rocha de Souza, ginecologista e obstetra do Salomão Zoppi, em São Paulo, marca de medicina diagnóstica que também faz parte da Dasa, já começam logo após o parto. “A sucção do mamilo estimula a liberação do hormônio ocitocina pela neuro-hipófise, atuando na contração da musculatura uterina e reduzindo o sangramento no pós-parto. Também existem evidências de que a amamentação diminui o risco materno de câncer de mama e ovário, além de prevenir o diabetes tipo 2.”

Rogério Rocha de Souza, ginecologista e obstetra do Salomão Zoppi -
Rogério Rocha de Souza, ginecologista e obstetra do Salomão Zoppi – (Dasa/Divulgação)
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A amamentação também ajuda a mulher a perder mais rápido o peso que ganhou durante a gravidez.3 E a dra. Juliana Sobral lembra de outra grande vantagem do aleitamento materno: o vínculo entre mãe e bebê. “A primeira interação é pele a pele no pós-parto. É ideal que o bebê mame ainda na primeira hora de vida. Essa relação entre os dois diminui os índices de depressão pós-parto e faz com que o blues puerperal – ocasionado pela redução abrupta dos hormônios – seja mais leve.”

Desafios da amamentação

A amamentação é um direito assegurado por lei. De acordo com o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias para isso.4 Mas nem sempre é um processo fácil. Além das dificuldades que podem ocorrer nesse período tão importante, há mitos e informações erradas sobre a prática.5

A dra. Daniela Selano, coordenadora do CHN Mulher, unidade do Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, pertencente à Dasa, informa que a dor intensa ao amamentar, por exemplo, não é normal, e sim um sinal de alerta. Segundo ela, muitas vezes a mãe considera essa dor natural e continua a amamentação, o que pode ocasionar problemas e até o desmame precoce. 

Daniela Selano, coordenadora do CHN Mulher, unidade do Complexo Hospitalar de Niterói -
Daniela Selano, coordenadora do CHN Mulher, unidade do Complexo Hospitalar de Niterói – (Dasa/Divulgação)
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“Quando a região do mamilo fica avermelhada e muito sensível, com fissuras ou rachaduras, é sinal de que o bebê não está pegando corretamente o seio para mamar. Essas lesões podem infeccionar, causar sangramentos e até mesmo gerar pus no local. Isso representa um grande sofrimento para as mães e, além disso, nessa situação, o bebê provavelmente não está ingerindo leite suficiente, comprometendo a sua saúde”, explica a dra. Daniela.

São muito raras as situações que podem contraindicar a amamentação. O dr. Rogério Rocha, do Salomão Zoppi, em São Paulo, conta que o Ministério da Saúde (MS) contraindica nos casos de mães infectadas pelo vírus HIV e vírus T-linfotrópico humano (HTLV). Em outras infecções, como herpes (HSV), recomenda-se a suspensão temporária se as vesículas estiverem presentes na mama. Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não recomenda a amamentação por mães que estiverem fazendo uso de drogas ilícitas.7 “Quanto ao uso de medicamentos pela mãe, a grande maioria não impede o aleitamento, mas sempre é recomendada a orientação de um médico”, explica o especialista.

Cuidado materno desde a gravidez

O processo de cuidado com a mãe para que a amamentação seja feita da forma mais tranquila possível não acontece apenas depois do nascimento da criança. O dr. Rogério afirma que tudo começa com a relação de confiança entre a paciente e seu obstetra, logo nas primeiras consultas pré-natais, quando já é possível, até mesmo, rastrear e prevenir fatores que possam prejudicar o aleitamento materno, como hipertensão materna, diabetes, infecções e chances de prematuridade do bebê.

“Hoje, temos exames que podem identificar pacientes de alto risco para hipertensão e prematuridade. E o melhor: temos medicações e procedimentos para prevenir tais eventos. O obstetra tem, no pré-natal, a grande oportunidade de orientar sobre os benefícios da amamentação e incentivar essa prática”, garante.

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A dra. Juliana Sobral aponta também uma sólida rede de apoio e o cuidado da equipe médica no pós-parto como peças fundamentais para uma amamentação bem-sucedida. “A equipe multidisciplinar do hospital vai auxiliar as mães quanto à pega e posições corretas, com todo o suporte de que ela e o bebê precisarem. Mas, chegando em casa, vai ser de extrema importância contar com uma rede de apoio que auxilie a mãe, que divida responsabilidades e ajude nos momentos mais desafiadores.”

A mãe que amamenta precisa de uma maior quantidade de alimentos e líquidos para suprir suas necessidades e produzir leite em quantidade e qualidade adequadas ao bebê. Ela deve comer frutas, verduras e alimentos que possuam os nutrientes e as vitaminas necessários. Beber bastante líquido e não consumir álcool, fumo e outras drogas, nem tomar medicamentos sem receita médica.4

Banco de leite e preparo para a família

Se, por algum motivo, uma mãe não puder amamentar, ainda assim é importante que o bebê receba o leite materno, pelo menos nos primeiros dias de vida. E, por isso, a doação de leite é tão importante. O leite doado é oferecido a bebês hospitalizados, geralmente aqueles que nasceram prematuros e com baixo peso. Cada litro pode atender até dez recém-nascidos. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBBLH), qualquer mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação.6

Há dez anos, a Maternidade Brasília faz um intenso trabalho com amamentação e conta com um banco de leite padrão ouro que, além de oferecer leite materno para as crianças internadas na UTI, presta suporte para as mães que querem amamentar. Trata-se do único hospital particular que é exclusivamente maternidade no Distrito Federal, com centro médico exclusivo para mulher e criança, que incentiva a ordenha do leite materno à beira leito e permite a presença da mãe ou do pai 24 horas na UTI neonatal.

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A instituição oferece também, de forma gratuita, um curso para gestantes e avós, no qual, entre outras orientações, conhecem o que há de mais moderno no cuidado com os bebês, inclusive informações sobre a importância do aleitamento materno. “A família toda fica alinhada e preparada para a chegada do bebê. Fazemos tudo da forma mais tranquila e carinhosa possível para a melhor experiência de todos”, finaliza a dra. Juliana. 

Referências:

  1. Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Campanha nacional busca estimular aleitamento materno. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2584-campanha-nacional-busca-estimular-aleitamento-materno. Acesso em: 05 ago 2022.
  2. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação de leite aos prematuros. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-lanca-campanha-para-incentivar-doacao-de-leite-aos-prematuros/. Acesso em: 05 ago 2022.
  3. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Mês do Aleitamento Materno no Brasil e Semana Mundial da Amamentação. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/mes-do-aleitamento-materno-no-brasil-e-semana-mundial-da-amamentacao/. Acesso em: 05 ago 2022.
  4. UNICEF Brasil. Aleitamento Materno. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno. Acesso em: 05 ago 2022.
  5. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Amamentação. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/amamentacao. Acesso em: 05 ago 2022.
  6. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Doação de leite humano – um ato que salva vidas. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doacao-de-leite-humano-um-ato-que-salva-vidas/. Acesso em: 05 ago 2022.
  7. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Aleitamento Materno. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/aleitamento-materno/. Acesso em: 05 ago 2022.
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