Barra de cereal x fruta: qual é o mocinho e qual é o vilão?
De tempos em tempos, pesquisas colocam em xeque o consumo de determinado produto. Consultamos especialistas para saber, enfim, qual é melhor.
Relatórios recentes da Organização das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde trazem dados alarmantes: mais da metade da população brasileira está com sobrepeso; no mundo, o número de adultos diabéticos quase quadriplicou nos últimos 35 anos.
Entre os grandes culpados por esses resultados está o consumo crescente de alimentos processados e pobres em nutrientes.
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“Considerando que alimentação saudável nunca esteve tão em alta, os índices mostram que ainda existe uma grande discrepância entre a maneira como as pessoas estão se alimentando e o que é realmente recomendado quando o objetivo é emagrecer ou comer bem”, afirma o nutrólogo Joffre Nogueira, de São Paulo.
Açúcar, sal e gordura em excesso estão no topo da lista dos malfeitores, assim como conservantes, aditivos químicos, realçadores de sabor e fast foods em geral.
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“Além disso, há baixa ingestão de produtos frescos e naturais, que possuem alto poder nutritivo, fibras, vitaminas e minerais, essenciais para o bom funcionamento do organismo”, aponta a nutricionista Michelle Mileto, do Kurotel Spa, em Gramado (RS).
Consultamos especialistas para saber, afinal de contas, quem é mocinho e quem é vilão na guerra pela alimentação saudável: a barra de cereal ou as frutas?
Barra de cereal x Fruta
As barrinhas seriam boas opções, se não fossem, em geral, incrementadas com chocolate, caramelo e derivados de açúcar.
“Embora as frutas também tenham açúcar (a frutose), só por ser natural já é mais saudável”, diz a nutróloga Alice Amaral, especializada em nutriendocrinologia funcional e gerenciamento do envelhecimento saudável, de Juiz de Fora (MG).
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Para que a frutose não seja absorvida pelo organismo muito rapidamente e acabe estocada como gordura, a dica é reduzir o índice glicêmico da fruta. “Polvilhe por cima dela um pouco de linhaça ou castanha. Assim, você aumenta a quantidade de fibras e de gordura boa da refeição”, sugere Amaral.
Essa estratégia ajuda a prolongar a sensação de saciedade, adiando a necessidade de nova ingestão calórica.