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Causa mortis inédita: a poluição do ar matou criança no Reino Unido

Menina de nove anos faleceu, em 2013, devido a vários ataques de asma causados pela exposição excessiva à poluição do ar

Por Da Redação
Atualizado em 22 abr 2024, 10h57 - Publicado em 17 dez 2020, 11h49
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  • Uma menina de nove anos, chamada Ella Adoo-Kissi-Debrah, sofreu um ataque de asma que levou ao seu falecimento em 2013 e se tornou, sete anos depois, a primeira pessoa do Reino Unido a ter, oficialmente, a poluição do ar como a causa de sua morte. A decisão foi tomada na última quarta-feira (16), após a conclusão de um inquérito em um tribunal de Londres.

    Ella morava próximo a uma estrada no sudeste de Londres e morreu em fevereiro de 2013, após ter sofrido vários ataques e ter sido levada ao hospital ao menos 30 vezes no período de três anos.

    O legista Philip Barlow, do tribunal de Londres, alegou que a poluição do ar agravou significativamente a asma de Ella, acrescentando que ela havia sido exposta a níveis de dióxido de nitrogênio e partículas que excediam as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde). Barlow também apontou uma “falha em reduzir os níveis de NOpara dentro dos limites estabelecidos pela União Europeia e pelas leis nacionais”.

    No Twitter, a fundação The Ella Roberta Family Foundation, criada pela mãe de Ella, Rosamund Adoo-Kissi-Debrah, fez uma publicação agradecendo as mensagens de apoio. “Hoje foi um caso marcante, uma luta de 7 anos resultou na poluição do ar sendo reconhecida na certidão de óbito de Ella. Esperançosamente, isso significará que mais vidas de crianças serão salvas”, declarou Rosamund.

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    Em 2014, um primeiro inquérito sobre a morte de Ella havia decidido que sua morte foi decorrência de uma síndrome respiratória aguda, mas o tribunal anulou a decisão em 2019. Agora, o segundo inquérito concluiu que ela “morreu de asma causada pela exposição à poluição do ar excessiva”.

    Segundo a OMS, os efeitos da poluição do ar matam cerca de 7 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Especialistas jurídicos e de saúde saudaram a decisão como um marco para a Grã-Bretanha.

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    Em seu perfil no Twitter, Sadiq Khan, prefeito de Londres, pediu que a conclusão sobre a morte da garota seja “um ponto de virada, para que ninguém mais sofra o mesmo desgosto que a família de Ella”. O combate à poluição do ar é uma das principais bandeiras de sua gestão.

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