Hoje é Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus, uma data importante para chamar a atenção para essa doença complexa, de diagnóstico difícil, mas que atinge milhares de pessoas pelo mundo – famosos como Selena Gomez – que passou até mesmo por um transplante de rim -, Lady Gaga e Toni Brexton têm lúpus. As causas não são conhecidas e há um triste fator para nós: 9 em cada 10 pacientes com lúpus são mulheres.
Lúpus é uma doença crônica, sem cura, mas possível de ser controlada. O tratamento certo e o acompanhamento médico (geralmente um reumatologista) são fundamentais para mantê-la sob controle e aliviar os sintomas.
Uma doença autoimune
Isso significa que o sistema imunológico começa a produzir muitos anticorpos de forma descontrolada que, acumulados, passam a atacar os órgãos e tecidos do corpo como se eles fossem invasores externos. E isso pode ocasionar inflamações e danos irreversíveis em articulações, vasos sanguíneos e órgãos importantes como pulmão e até o cérebro.
Tipos de lúpus
A forma mais séria e comum da doença é o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), que acontece quando órgão internos são acometidos. Afeta cerca de 70% dos pacientes com lúpus.
Há ainda o Lúpus Cutâneo, que é a doença restrita à pele, e o Lúpus Induzido por Drogas, quando é desencadeado pelo uso de medicamentos.
Fatores de risco
Não há uma causa conhecida para a doença e estudos apontam fatores como predisposição genética, alterações hormonais e fatores externos, como infecções e uso de certos medicamentos.
Sintomas
Como a doença pode afetar diferentes órgãos, os sintomas podem variar. Mas os mais comuns são fadiga, dores de cabeça, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações, lesões de pele como manchas avermelhadas no rosto.
Como diagnosticar
Não há um exame específico que ateste a presença da doença. O médico analisa os sinais do corpo e as alterações nos resultados de uma série de exames.
Como tratar
O tratamento depende do quadro de cada paciente, e o médico indicará os melhores caminhos para reduzir a atividade da doença, cuidar de sintomas e crises, além dos danos em órgãos já afetados.
De forma geral, para controlar a doença são usados anti-inflamatórios e até corticoides. Em casos mais graves, são usados imunossupressores, que diminuem a atividade do sistema imunológico – o problema é que deixam a porta aberta para entrada de outras doenças.