Com o objetivo de conscientizar sobre a importância de manter exames em dia e, dessa maneira, facilitar o diagnóstico da endometriose, 8 de maio é celebrado o Dia Nacional da Luta contra a Endometriose.
Conforme informam dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a doença atinge cerca de 6 milhões de mulheres no país, sendo caracterizada pelo crescimento do endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero, em outras partes do corpo.
Entre seus sintomas, além de causar cólicas e outras dores intensas na região íntima, a endometriose também pode ser responsável por problemas de obstrução urinária e infertilidade.
Não tem cura, mas dá pra conviver numa boa
Pouco se sabe sobre o que provoca a endometriose, fazendo com que também não se tenha certeza sobre as melhores maneiras de prevenção.
Há ainda mais um fato que dificulta bastante a possibilidade de prevenção: “hoje, a teoria mais aceita sobre a causa é a genética, pela qual paciente nasce com os focos da doença e vai desenvolvendo ao longo da vida”, conta o Dr. Waldir Inácio Jr, formado em ginecologia e obstetrícia.
Desse maneira, o modo ideal de minimizar os impactos desse distúrbio crônico é com tratamentos, feitos tanto por meio de acompanhamento médico e até mesmo por pequenas ações no seu dia a dia.
O mesmo vale para a cura, que, por enquanto, não foi descoberta.
Mas isso não é motivo para se preocupar! Existem vários modos de aliviar os sintomas da endometriose que não atrapalham em nada a sua vida, alguns deles, inclusive, podem ser parte do seu dia a dia normal e irão trazer vários benefícios para a sua saúde.
Faça exercícios!
Para a ginecologista Carla Iacomelli, “uma boa qualidade de vida, com atividade física e alimentação adequada, é uma ótima aliada para se prevenir dos avanços de qualquer doença crônica”.
Entretanto, nesse caso, exercitar-se é algo essencial para evitar o avanço da endometriose! Isso acontece porque atividades físicas estimulam uma glândula cerebral que secreta endorfina, substância que ajuda a inibir a produção de estrogênio nos ovários. A consequência disso tudo é desaceleração do crescimento do endométrio.
Dentre as atividades mais recomendadas estão as aeróbicas, como natação, caminhada, corrida, ciclismo e dança. Elas liberam maior quantidade de endorfina e, assim, podem ser mais efetivas.
Vale a pena também investir na prática de yoga, pois “estimula a liberação de hormônios que levam a um bem-estar físico e contribuem para o adequado funcionamento dos ovários”, diz o Dr Waldir.
No entanto, para que os exercícios tenham efeito no seu corpo, é preciso praticá-los com frequência, pelo menos “três vezes por semana”, indicam os médicos.
Tenha uma alimentação saudável
Fuja de alimentos fritos, ultraprocessados ou ricos em glúten (à base de farinha de trigo, por exemplo). Eles contribuem para a inflamação do endométrio e pioram o quadro as dores.
Consuma mais vitaminas A, C e E, do complexo B, Magnésio, Ômega-3 presentes em grande quantidade:
- nas frutas cítricas (Vitaminas A e C),
- frutas vermelhas (Vitamina C),
- oleaginosas (Vitaminas B e E),
- verduras (Vitamina C),
- legumes (Vitamina B),
- peixe (Ômega 3 e Vitaminas B e D)
Sempre que possível, substitua a comida à base de refinados pela integral, uma vez que a primeira estimula a inflamação, ao passo que a segunda tem o efeito oposto.