O quadro do Fantástico “Não tá tudo bem, mas vai ficar” chegou ao fim no último domingo (18). O encerramento do quadro de Drauzio Varella abordou um distúrbio que pode estar por trás do quadro de depressão: o transtorno bipolar.
“Esse termo é usado de forma corriqueira para falar de gente que muda de humor de uma hora pra outra. ‘Fulano é bipolar’. No transtorno bipolar, existem sim essas alterações de humor, mas ela são muito mais intensas e, em alguns caso, mais duradouras também. Esse é apenas um dos lados dessa doença que, sem tratamento adequado, pode ter consequências graves”, explica o médico.
A oscilação de humor do transtorno pode ser comparada a uma montanha russa, com variações entre fases depressivas em que a pessoa não sente disposição para nada e momentos de euforia, de pensamentos agitados, impulsividade e comportamento compulsivo. Tudo isso de maneira desproporcional e que não está de acordo com o momento de vida do paciente.
O tratamento inadequado e a falta de um diagnóstico para a doença resultam em uma grande piora do quadro, com crises de depressão e euforia cada vez mais intensas. É o que pode acontecer, por exemplo, com antidepressivos, que muitas vezes possuem efeitos prejudiciais à saúde, sendo necessário o acompanhamento psiquiátrico de perto e a troca de medicamentos.
O programa também alerta sobre o risco de suicídio associado ao transtorno: “Se você ouvir de alguém que está com pensamentos de morte, não despreze essa informação, leve a sério”, alerta Drauzio. Nesses casos, é importante encaminhar a pessoa para um centro de emergência médica (número telefônico 192) ou de valorização da vida (188).
Veja aqui o último episódio de “Não tá tudo bem, mas vai ficar”.