Nos últimos dias, a notícia de uma mutação do coronavírus com maior índice de transmissão, descoberta na Inglaterra, preocupa o mundo. Dezenas de países suspenderam voos originários do Reino Unido, na tentativa de barrar a entrada da nova cepa do vírus.
O governo brasileiro diz que monitora a situação, mas os voos vindos do país estão aterrissando normalmente. Por aqui, o vírus também sofreu mutações nos últimos 10 meses. Casos de reinfecção de Covid -19 já foram registrados.
Segundo cientistas do Laboratório Adolfo Lutz ouvidos pelo Jornal Nacional, um dos principais responsáveis pela investigação sobre as alterações genéticas sofridas pelo coronavírus no Brasil, uma das mutações da nova linhagem registrada no Reino Unido chegou em abril no Brasil. Mas, ainda não há registros de que esse novo vírus tenha se alastrado pelo país.
Uma linhagem é um grupo de vírus que têm mutações em comum. Estima-se que o novo coronavírus ganhe uma ou duas novas versões a cada mês e essa taxa é inferior ao que ocorre com outros vírus que mudam mais rápido como o HIV e o da gripe.
De acordo com informações obtidas pelo Jorna Nacional, 19 linhagens do coronavírus circulam no Brasil e as predominantes estão nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Como as alterações genéticas são em pontos específicos do vírus, não há nenhuma evidência de que vacinas perdem a eficácia já que agem em diversas partes do vírus.