Mutação da ômicron, encontrada na Austrália, é mais difícil de ser detectada
“Agora temos a variante ômicron e uma cepa semelhante", disse Peter Aitken, chefe de saúde interino do estado Quuensland, onde a mutação foi identificada
Uma nova linhagem da variante do coronavírus ômicron foi encontrada na Austrália. Nesta quarta-feira (8), as autoridades do estado de Quuensland informaram que a mutação foi identificada em um viajante que chegou da África do Sul.
Segundo o chefe de saúde interino do estado, Peter Aitken, a detecção da nova linhagem é mais difícil do que as demais, uma vez que os exames convencionais não a identificam. “Agora temos a variante ômicron e uma cepa semelhante à ômicron”, explicou Aikten.
Comparada com a variante ômicron, a nova cepa tem metade das mutações da original. Para o chefe de estado, essa ficha de informações “vai levar a progressos nas pessoas reconhecendo o potencial de espalhamento da ômicron em todas as comunidades.”
Também nesta quarta-feira, as farmacêuticas BioNTech e Pfizer divulgaram os resultados de estudos preliminares sobre a eficácia da imunizante diante da ômicron.
Os dados da pequisa apontam que as três doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron. Com as primeiras doses, o combate é baixo, mas com o reforço os anticorpos aumentam em 25 vezes. Vale lembrar que, em novembro deste ano, o Ministério da Saúde aprovou a dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos.
“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, explicou Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.
Os estudos seguem em curso para mostrar quais são as próximas medidas que as empresas devem tomar. Elas alegaram que, se necessário, em março, uma vacina adaptada à nova cepa poderá ser entregue.