Me sinto vitorioso por largar o vício
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“Me dá um trago?”, foi assim que tudo começou, em 1998. Eu tinha 16 anos e sabia que o tabaco fazia mal à saúde. Também odiava o cheiro da fumaça. “Mas o que importa? Fumar é bonito”, pensei no auge da minha adolescência.
O primeiro trago não deixou boas lembranças. Depois de tossir, senti o gosto ruim na boca e o fedido nos dedos. “É questão de costume”, pensei. E estava certo. Em poucos dias parei de pedir cigarro e comprei meu próprio maço.
De um cigarro por dia passei para cinco, dez, 20. Logo de manhã, um cigarrinho para despertar. No caminho para o trabalho, mais um. No escritório, outro. Antes do almoço, uma parada para o café e, claro, o cigarro. Depois do almoço, outro, com certeza. No intervalo da tarde, mais um. Antes de ir embora também. No caminho de casa, antes do jantar, depois do jantar, antes de dormir, deitado na cama… Ou seja: um cigarrinho sempre ia bem. Principalmente em situações de estresse ou ansiedade. “Com um cigarro na mão consigo pensar melhor”, era a minha justificativa de sempre.
Minha vida estava limitada
Só depois do quinto ano de fumante percebi que o cigarro me prejudicava. Um lance de escada era o suficiente para me deixar ofegante. Além disso, vivia com pigarro na garganta e preguiça para tudo. Até pensei em fazer academia, mas desisti. “Pra que querer ser saudável se sou fumante?”