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Por que nosso sono vai de mal a pior?

Estudo de 716 milhões de noites apresentado no Congresso Mundial do Sono 2023 traz importante diagnóstico global e propõe o que fazer para melhorar descanso

Por hgalante
29 out 2023, 21h37
Estudo "Global Sleep Health Insights", apresentado no Congresso Mundial do Sono 2023 pela Samsung: estamos dormindo menos tempo e com menos qualidade (Marcus Aurelius/Pexels)
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Todos nós perdemos o sono, literalmente, com a pandemia. Passado esse grave período, porém, nossa qualidade do descanso melhorou, certo? Infelizmente, errado. Um estudo inédito apresentado no Congresso Mundial do Sono 2023 pela Samsung trouxe dados coletados a partir de 716 milhões de noites de sono de 64 milhões de usuários ativos do app Samsung Health em 195 países, entre eles o Brasil.

Como está o nosso sono?

A análise, que levou em conta o período de junho de 2021 a maio de 2023, sinalizou que globalmente estamos dormindo menos e acordando mais vezes durante a noite. Em números concretos, são pelo menos 4 minutos a menos na duração do sono, e 1,3 minutos a mais despertos.

Base de estudo foram 716 milhões de noites de sono de usuários do Samsung Health
Base de estudo foram 716 milhões de noites de sono de usuários do Samsung Health (Ketut Subiyanto/Pexels)

Isso significa que a eficiência do sono (a diferença entre o tempo em que estamos deitados e o tempo efetivamente dormimos) caiu, o que impacta diretamente na nossa qualidade de vida também durante o período de vigília. No recorte de gênero, a eficiência feminina é maior que a masculina, mas ainda falta muito para chegarmos ao patamar ideal.

Monitorar as fases do sono

Os dados anônimos, coletados apenas dos usuários do app que optaram por compartilhar suas informações, são medidos a partir dos smartwatches, que possuem sensores capazes de monitorar a qualidade do sono em suas diversas fases, do sono leve (em que ainda estamos nos mexendo bastante) ao profundo (quando acontece a nossa reparação física, ligada ao coração), passando pela fase REM (momento crucial para o reset psicológico que precisamos) e os momentos acordados (ainda que nem sempre tenhamos consciência de cada micro-despertar).

Os resultados são muito próximos ao de uma polissonografia, mas sem o desconforto dos fios conectados ao corpo todo no exame realizado fora de casa. O Galaxy Watch6 e a One UI 5 Watch trazem informações como temperatura da pele, nível de oxigênio no sangue e ronco (sim, dá para ajustar o celular para gravar o barulho e tirar a prova da existência do distúrbio). Quer saber qual região é a que mais ronca no levantamento? A Europa, mais de 1 hora por noite (socorro!).

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Samsung Galaxy Smartwatch 6
Galaxy Watch6: dados coletados pelos smartwatches foram base do estudo Global Sleep Health Insights (Divulgação/Divulgação)

Importância da higiene do sono

Ainda que haja consenso entre boas práticas de higiene do sono, é importante reforçar que o padrão de sono de cada pessoa é diferente. Ou seja, é importante aprender qual é o seu próprio padrão. Os relatórios de sono ficam salvos no celular, então dá para voltar e saber como foi exatamente cada noite.
Essas diferenças individuais refletem também características culturais. Comparado com os argentinos e o mexicanos, por exemplo, os brasileiros têm maior duração do sono. Outras curiosidades: costumamos ir para a cama por volta das 0h20 (13 minutos mais tarde que a média dos países pesquisados) e acordar perto das 7h22.
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Como dormir melhor

Só diagnosticar os problemas de sono não seria suficiente. O Samsung Health oferece também uma ferramenta de sleep coaching, para ensinar/ajudar a definir uma rotina mais saudável durante um mês. Entre os passos que devem entrar no check list da boa noite de sono estão a constância do horário de ir para cama e a abstenção de cafeína e álcool horas antes de dormir, por exemplo. Praticar mais atividade física e alimentar-se bem também têm impacto positivo no sono.
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