Rinite alérgica: aprenda a controlá-la!
A rinite alérgica costuma se agravar no inverno. Conheça então os tratamentos para a doença e aprenda a afastar os agentes da alergia
Dê adeus à sequência de espirros
Foto: Dreamstime
Coceira e secreção constantes no nariz, além de sequências de espirros que parecem não acabar nunca, são sintomas de rinite alérgica. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, a ocorrência desse mal aumentou nos últimos 20 anos.
Ele está entre as cinco doenças crônicas mais comuns, afetando entre 10% e 30% dos adultos e até 40% das crianças em todo o mundo. Um outro estudo, o Mapa da Rinite no Brasil, apontou que 55% das pessoas que sofrem de rinite alérgica têm mais crises nos meses de junho e julho – quando o ar costuma estar mais seco e frio.
Agora entenda melhor como essa doença funciona para poder se prevenir:
O que é rinite alérgica?
“É uma inflamação na mucosa do nariz que ocorre quando entramos em contato com alguma substância que nos causa alergia”, explica Antônio Douglas Menon, otorrinolaringologista do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O nariz possui um mecanismo de defesa que impede a entrada dessas substâncias e provoca espirros, coriza e obstrução nasal para tentar removê-las. Isso acontece instantaneamente.
Quais as causas?
“No Brasil, mais de 90% das pessoas com rinite alérgica são sensíveis ao ácaro – um bichinho presente na poeira domiciliar”, afirma João Ferreira de Mello Júnior, chefe do Grupo de Alergia em Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mas não pense que uma casa sem poeira está livre dos ácaros. Geralmente eles ficam nas fibras dos colchões, travesseiros e móveis. Os sintomas também podem ser provocados por fungos, mofo, pólen, cigarro, alguns alimentos, perfumes e produtos de limpeza.
Como saber se não é gripe?
Não confunda gripe, resfriado e rinite alérgica! “A gripe geralmente gera mal-estar, dor no corpo e dor de garganta. O resfriado causa mais coriza. Ambos costumam durar de cinco a sete dias. Já a rinite alérgica provoca até dez espirros seguidos, acompanhados de secreção e entupimento do nariz por alguns minutos. O paciente melhora em seguida e a próxima crise pode ocorrer depois de seis horas, um dia ou até meses”, esclarece Menon.
Como tratar?
A rinite alérgica não tem cura, mas é possível Controlá-la com medicamentos, vacinas e alguns cuidados. O primeiro passo é fazer a higiene no ambiente para evitar o contato com as substâncias que desencadeiam os sintomas. Se essas medidas não forem suficientes, o médico poderá receitar medicamentos. Mas não faça automedicação e só use os remédios durante o tempo determinado pelo médico. Uma terceira opção de tratamento são as vacinas antialérgicas aplicadas mais de uma vez por semana durante alguns meses.
Limpar a casa é importantíssimo para se ver livre das crises de rinite
Foto: Getty Images
Livre-se dos focos de alergia da sua casa!
· Deixe a casa bem ventilada e evite a formação de bolores.
· Tire gatos e cachorros do quarto, principalmente de cima de sofás e camas.
· Lave as roupas de lã antes de usá-las.
· Mesmo que a sua cortina seja persiana, ela deve ser lavada a cada 15 dias. Tapetes e cobertores precisam ser limpos duas vezes por semana.
· Não varra a casa nem use espanador. Prefira aspiradores e panos úmidos.
· Use capas nos travesseiros e colchões. Apenas lençol e fronha não são suficientes para evitar os ácaros.
· Elimine carpetes e tapetes. Os pisos frios, como cerâmica e porcelanato, são os mais indicados. Também evite bichos de pelúcia e almofadas.
· Evite o contato com perfumes fortes (cosméticos ou produtos de limpeza), fumaça de cigarro e inseticidas.
· Limpe o nariz diariamente com soro fisiológico.
· Alguns sprays à base de soro fisiológico também podem ser usados no nariz para umedecer a região. Certifique-se de que eles não contêm cortisona!
· Se sentir o ar muito seco, coloque uma bacia com água ou um umidificador de ar no ambiente.