Para garantir o bom funcionamento do organismo, nós devemos ingerir todos os dias uma quantidade certa de vitaminas e minerais. Esses nutrientes podem ser encontrados em abundância nos alimentos que já fazem parte do seu cardápio.
Para citar alguns exemplos, temos a Vitamina A, essencial para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas de visão, que está presente em alimentos de cor amarela ou alaranjada, como a cenoura, e em folhas verde escuras.
Já a Vitamina C, perfeita para te deixar prevenida contra gripes, resfriados e infecções, tem como fonte as frutas cítricas. Minerais como o cálcio, responsável pelo fortalecimento dos ossos, pode ser consumido através do leite e seus derivados e o ferro, que, se em falta, resulta em anemia e fraqueza, está presente no feijão.
Em geral, uma alimentação equilibrada e rica, juntamente com um sistema digestivo eficiente, já são mais do que suficientes para garantir que seu corpo receba todas a s vitaminas e mineiras que precisa.
Mas nem sempre as suas refeições diárias dão conta de suprir as necessidades do organismo, seja devido a dietas restritivas, alergias alimentares, problemas gastrointestinais ou por uma demanda nutricional mais alta, como acontece com atletas. E é aí que entram os suplementos vitamínicos.
Vendidos em farmácias, eles contém apenas um dos nutrientes ou um determinado conjunto deles. Estes últimos são os chamados complexos vitamínicos, que “são mix de vitaminas e minerais, em diferentes quantidades, proporções e tipos, a depender da marca”, explica o nutricionista Jefferson Bitencourt, consultor da Via Farma.
Dessa maneira, a composição dos complexos vitamínicos pode conter Vitaminas A, do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12), C, D, E e K, junto com os minerais zinco, magnésio, ferro, selênio, cobre e manganês.
Riscos e efeitos colaterais
Apesar dos suplementos vitamínicos terem efeito direto no funcionamento do seu organismo, não é preciso apresentar receita médica na hora de comprá-los, muito menos ir ao médico ou ao nutricionista. Sua venda, então, é feita sem quaisquer restrições, algo que pode ser bastante perigoso.
O primeiro problema que aparece é o autodiagnóstico. Quantas vezes você, ao sentir alguma dor ou desconforto diferente, foi procurar o sintoma na internet e encontrou várias possíveis causas? Isso é um hábito bastante comum e os resultados da busca deveriam ser mais um motivo para buscar uma consulta médica, mas não é o que acontece.
Se uma pessoa buscar a origem de alguns sintomas e descobrir, por exemplo, que eles podem ser causados pela falta de Vitamina E, ela pode pensar que um jeito simples de resolver a situação é comprar o suplemento dessa vitamina na farmácia mais próxima e tomá-lo por alguns dias.
No entanto, caso o quadro não esteja relacionado à carência da Vitamina E, ela acabará em excesso no organismo, podendo resultar em alterações na coagulação sanguínea, dores de cabeça e problemas gastrointestinais.
Por isso, é recomendado que você jamais tome qualquer suplemento sem indicação e nem dispense uma consulta médica. Apenas um profissional de saúde especialista poderá determinar se você realmente precisa da suplementação de algum nutriente.
A situação é ainda mais arriscada em relação aos complexos vitamínicos. “Se o paciente tem uma carência X, mas ao mesmo tempo já tem um excesso Y, o consumo de complexos vitamínicos pode, simultaneamente, corrigir a carência X e piorar o excesso Y ao tomar o complexo vitamínico, já que ele contém praticamente todas as vitaminas e minerais”, alerta Bittencourt.
Segundo o especialista, o ideal é fazer a reposição de nutrientes personalizada, por meio de produtos manipulados especialmente para cada perfil, com a quantidade exata que o organismo necessita e no melhor formato em termos de absorção, algo que evita riscos ao mesmo tempo em que otimiza os benefícios das vitaminas e minerais em questão.