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Testes de reserva ovariana não são capazes de prever fertilidade

Estudo divulgado pelo renomado Jornal da Associação Médica Americana pode ser uma notícia encorajadora para aquelas que estão tentando engravidar

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 nov 2017, 18h26 - Publicado em 21 nov 2017, 18h25
 (Visivasnc/ThinkStock)
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Um recente estudo divulgado no renomado Jornal da Associação Médica Americana revelou que os testes de reserva ovariana, muito utilizados para definir a quantidade de óvulos presentes no ovário, não são tão determinantes para as mulheres que desejam engravidar, conforme a maioria dos especialistas acreditava anteriormente.

Embora o método seja capaz de mensurar a reserva de óvulos presentes no corpo feminino, que possui um número limitado e fixo a partir do momento de nascimento das pacientes do sexo feminino, ele não deve ser usado única e exclusivamente como um ultimato.

Essa é uma das notícias mais encorajadoras para aquelas que desejam ter um bebê e já possuem uma idade avançada – superior a 30 anos. A gravidez tardia tem sido uma tendência no Brasil, conforme apontam dados divulgados em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de mulheres com idades entre 30 a 39 anos que engravidaram saltou de 22,5%, no ano de 2005, para 30,8%, em 2015.

Porém, essa é uma das maneiras mais eficazes para determinar a urgência da programação de tratamentos de fertilidade em pacientes que estão pensando em constituir uma família, conforme explica o membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e diretor médico da Primordia Medicina Reprodutiva, no Rio de Janeiro, Marcio Coslovsky.

“Mesmo que o exame seja necessário para determinar a quantidade de óvulos em ‘estoque’, ou seja, que poderão ser fecundados. O número reduzido não é sinônimo de infertilidade. Ela ainda poderá engravidar, mesmo com uma quantidade reduzida. Diferente do que a maioria dos médicos pensava, não é um ‘sinal vermelho’ para a gestação, mas um ‘sinal amarelo’. O que houve é uma confusão entre os testes de reserva com a capacidade de ser fértil”, esclarece.

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Ao contrário dos homens, que produzem espermatozóides no testículo, as mulheres nascem com um número limitado de óvulos, que apresentam uma redução significativa a partir dos 30 anos de idade. “O sistema reprodutor feminino possui milhões de óvulos em seu estoque, que são liberados a partir do momento em que as mulheres atingem a puberdade. Então quando as mulheres atingem uma idade avançada, esse número decai gradualmente para milhares”, aponta.  

É importante ressaltar ainda que outros exames podem ser capazes de identificar, juntos, o grau de fertilidade das mulheres, são eles: a dosagem do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio anti-Mülleriano (HAM).

Ambos podem ser utilizados porque conforme as mulheres envelhecem, a oferta de óvulos diminui progressivamente, pois as células ovarianas, secretarão quantidades cada vez menores desses hormônios, reduzindo, assim, a reserva disponível de óvulos.  

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“O ultrassom transvaginal também pode ser usado para medir os folículos. Mas é fundamental que as pacientes entendam que planejar uma gravidez é um processo e nenhum exame é capaz de determinar totalmente a sua capacidade fértil, apenas supor. Um exemplo são os testes de reserva ovariana que não são determinantes, pois basta que um óvulo bom para ser fecundado desça pelas trompas para que ela consiga engravidar”, pontua.

Fatores que podem diminuir a fertilidade e como preservá-la

A fertilidade humana é um dos assuntos mais estudados ao longo da história da medicina e, assim como todos os outros sistemas do corpo, o reprodutivo pode ser influenciado negativamente ou positivamente por uma série de fatores. “A idade avançada talvez seja o principal fator determinante, mas também há outros como a endometriose, o aparecimento de doenças inflamatórias, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tabagismo, vício em drogas e em álcool”, adverte o especialista.

O congelamento de óvulos é um dos métodos mais avançados e eficazes quando o assunto são tratamentos que visam aumentar as possibilidades de reprodução feminina. “Quanto antes os óvulos forem congelados, melhor para a mulher, pois comumente, as chances de êxito são maiores”, aponta o médico. Entretanto, no caso de casais que estão com dificuldades para constituir uma família, há uma infinidade de outros tratamentos como a inseminação artificial, que podem ser realizados, por exemplo”, finaliza.

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