Você conhece o peeling? Esse tratamento estético é feito a partir de substâncias químicas, físicas ou mecânicas que promovem a renovação celular, melhorando a textura e suavizando as cicatrizes, manchas e linhas finas.
Existem diversos tipos de peelings, que oferecem desde tratamentos superficiais até os mais profundos. Confira a seguir os mais conhecidos, além dos benefícios e riscos desse procedimento.
O que é peeling e como funciona?
“Peeling é um procedimento dermatológico que promove a renovação da pele através da aplicação controlada de agentes químicos, físicos ou mecânicos”, explica a médica dermatologista Fernanda Cassain.
O processo resulta em descamações da pele, retirando parte das irregularidades cutâneas, como manchas, cicatrizes de acnes e rugas.
Os principais tipos de peeling são o químico e o físico. O peeling químico usa substâncias como ácidos ‒ glicólico, salicílico etc ‒ para esfoliar a pele, podendo ser superficial, médio ou profundo, enquanto o físico utiliza métodos mecânicos, como microdermoabrasão ou esfoliantes com partículas abrasivas, para remover as camadas da pele, geralmente de forma menos agressiva”, acrescenta a médica Fátima Tubini, especializada em tratamentos estéticos.
Tipos de peelings mais comuns
Peeling de fenol
O peeling de fenol consiste na aplicação de uma solução com fenol na pele, promovendo a renovação de forma mais profunda e agressiva.
Depois da morte de um homem de 27 anos que havia realizado um peeling à base dessa substância, a Anvisa proibiu temporariamente a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
Peeling físico
Através de instrumentos abrasivos como escovas, cristais ou lixas, o peeling físico esfolia a camada mais superficial da pele.
Peeling químico
Outra opção é o peeling químico. Ele utiliza substância químicas, como ácidos, para descamar a pele e pode ser personalizado conforme as necessidades do paciente.
Peeling de diamante
Entre os métodos menos invasivos, o peeling de diamante é feito a partir de uma uma ponteira de diamante para esfoliar a pele.
Peeling ultrassônico
Mais uma alternativa é o peeling ultrassônico. Por meio de ondas ultrassônicas, ele esfolia e rejuvenescer a pele.
Quais os benefícios do peeling para a pele?
Entre os benefícios do peeling, Fernanda destaca:
- Melhora da textura da pele: Peelings ajudam a remover as células mortas da superfície.
- Redução de manchas e hiperpigmentações: São eficazes no tratamento de manchas escuras, como melasma e hiperpigmentação pós-inflamatória.
- Tratamento de cicatrizes de acne: Peelings podem suavizar cicatrizes superficiais de acne.
- Redução de linhas finas e rugas: Ao estimular a renovação celular e a produção de colágeno, peelings podem atenuar linhas finas e rugas.
- Controle da acne: Peelings químicos, como os de ácido salicílico, são eficazes no tratamento da acne, ajudando a desobstruir os poros e reduzir a inflamação.
- Estímulo à renovação celular: O procedimento acelera a regeneração celular, promovendo uma pele com aparência mais saudável.
- Melhora da absorção de produtos tópicos: Após um peeling, a pele tende a absorver melhor os produtos de cuidado, potencializando seus efeitos.
- Redução de poros dilatados: Peelings ajudam a minimizar a aparência de poros dilatados.
E quais riscos estão associados ao peeling?
Embora o peeling possa oferecer muitos benefícios, ele também apresenta riscos que devem ser considerados, de acordo com a médica, que pontua os principais:
- Irritação e vermelhidão: Após o peeling, é comum a pele apresentar vermelhidão e irritação temporária.
- Descamação e secura: O peeling provoca descamação da pele, que pode resultar em sensação de secura e desconforto temporário.
- Alterações na pigmentação: Em alguns casos, pode ocorrer hiperpigmentação (escurecimento) ou hipopigmentação (clareamento) da pele, especialmente em pessoas com tons de pele mais escuros.
- Infecção: Existe o risco de infecção se a pele não for devidamente cuidada após o procedimento.
- Cicatrizes: Peelings mais profundos apresentam um risco maior de cicatrizes permanentes, especialmente se não forem realizados corretamente.
- Reações alérgicas: Alguns indivíduos podem apresentar reações alérgicas aos produtos químicos utilizados no peeling.
- Sensibilidade ao sol: Após um peeling, a pele fica mais sensível à luz solar, aumentando o risco de queimaduras solares e danos UV.
- Dor e desconforto: Dependendo da profundidade do peeling, pode haver dor e desconforto durante e após o procedimento.
“Para minimizar esses riscos, é fundamental que o peeling seja realizado por um profissional qualificado, que fará uma avaliação adequada da pele do paciente e escolherá o tratamento mais apropriado”, diz ela. Além disso, é preciso seguir as orientações pós-procedimento para uma recuperação segura e eficaz.
Quem não pode fazer peeling?
Existem algumas contraindicações para o peeling, que variam conforme o nível do procedimento.
Pessoas grávidas, que estão amamentando, com pele muito sensível, com infecções ativas na pele ou que fazem uso de determinados medicamentos devem evitar o tratamento.
Outras contraindicações são para quem tem histórico de cicatrizes hipertróficas ou queloides, além de pessoas com pele bronzeada ou que tiveram exposição recente ao sol.
“Aumenta o risco de hiperpigmentação pós-inflamatória”, explica ela.
Também é necessário avaliar doenças autoimunes e, no caso de peeling profundo, o fototipo do paciente e as patologias associadas.
Existe diferença entre peeling e ácido?
Peeling e ácido são termos que frequentemente se sobrepõem, mas possuem significados distintos no contexto dermatológico.
O peeling é um procedimento que pode ser realizado usando diferentes métodos, incluindo agentes químicos, físicos ou mecânicos, para promover a renovação da pele. Já o ácido é um tipo específico de agente químico frequentemente utilizado em peelings químicos.
Posso combinar o peeling com outros tratamentos?
Combinar o peeling com outros tratamentos é uma forma de potencializar os resultados, segundo Fátima, mas essa decisão deve ser pautada em uma avaliação médica.
“Laser, microdermoabrasão, tratamentos tópicos, terapia fotodinâmica e microneedling podem ser realizados em conjunto com o peeling, mas é preciso uma avaliação cuidadosa das necessidades e condições da pele”, indica Fernanda.
Procure um profissional qualificado
Para fazer um peeling com segurança, é importante procurar um profissional qualificado, como dermatologistas e médicos que trabalham com medicina estética. “Eles têm o conhecimento necessário para avaliar a pele, escolher o tipo de peeling mais adequado e realizar o procedimento corretamente, minimizando os riscos de complicações”, finaliza Fátima,
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