25 mulheres descrevem suas coxas em uma só palavra
Depois de verem suas fotos sem edição no photoshop, elas falaram como se sentem sobre esta parte do corpo.
Quando você pensa nas suas coxas, quais palavras vem à sua mente? Que elas são “grossas”? “Honestas”? “Mágicas”?
Uma palavra que muitas mulheres associam é “complicada”. Pode ser difícil curtir 100 por cento as suas coxas quando as únicas que vemos por aí são as de modelos maquiadas em revistas e propagandas. Muitas vezes, essas coxas “perfeitas” nem sequer existem sem a ajuda de habilidosos retocadores. (Alerta de spoiler: 90 por cento das mulheres têm celulite).
Mas saber disso nem sempre ameniza a vergonha profunda que as mulheres sentem quando elas acham que não estão à altura do que é considerado ideal.
Como antídoto, o HuffPost Mulheres fotografou 25 pares de coxas que pertencem a um grupo diverso de inspiradoras mulheres entre 20 e 70 anos e pediu que cada uma escolhesse uma palavra para descrever esta parte de seus corpos. Elas também falaram sobre seu relacionamento com suas coxas, que as faz sentirem-se “fortes”, “femininas”, “resilientes” e às vezes “imperfeitas.” O resultado são fotografias impressionantes – e inteiramente sem retoques.
Estas são coxas de verdade – grossas, finas e entre uma e outra. Elas podem não ser “perfeitas”, mas são lindas demais.
Fotos de Damon Dahlen
Direção de Arte de Rebecca Adams
1. “Disformes”
“Infelizmente, na maior parte das vezes, eu não gosto muito das minhas coxas por causa das suas imperfeições, aquelas marcas conhecidas como celulite ou simplesmente como gordura. Quando você envelhece, você começa a se despir menos e menos e a se cobrir mais e mais. Bem, eu gosto de andar com pouca roupa, especialmente é claro no verão. Não sentir-se confortável ao usar uma saia ou bermuda muito curta – nem pensar em um traje de banho – não é divertido. Então eu penso como sou saudável e forte e mando pro inferno as marcas nas minhas coxas. Sou feliz por tê-las”.
2. “Resilientes”
“Escolhi a palavra ‘resiliente’ porque minhas coxas e eu estamos juntas nos bons e maus momentos. Literalmente. Elas nunca me decepcionam. Seu tamanho e forma podem passar de esbeltas para mais fortinhas, mas elas servem o propósito de me manter enraizada à terra – me movimentando, andando, correndo e dançando, para a frente”.
3. “Esplêndidas”
“Eu costumava ter um certo complexo das minhas coxas – Eu pensava que elas eram grandes demais. Eu já não me sinto dessa forma e eu não sei bem porquê. Eu acho que eu estou ficando mais velha e comecei a ficar mais confortável com o meu corpo, o que é uma sensação muito gratificante”.
4. “Robustas”
“Eu passei períodos em que me sentia muito mal pois eu tenho muitas estrias. Mas quando eu contei isso para o meu namorado, algumas semanas atrás, ele disse, ‘Do que você está falando?’, isso me fez lembrar que ninguém é tão crítico sobre o meu corpo quanto eu mesma”.
5. “Tortas”
“A profissão que escolhi exige estar de pé em uma cozinha o dia inteiro onde os pensamentos sobre coxas gravitam em torno do leite desnatado, da farinha e da gordura. Eu raramente penso sobre as minhas coxas e quando faço isso desejo apenas que elas passem mais tempo ao sol”.
6. “Complicadas”
“No geral, eu gosto das minhas coxas. Elas são musculosas e fortes. Tem vezes que eu desejo que elas sejam menores ou que elas não tocassem tanto quando eu uso vestidos – shorts para andar de bike são os meus melhores amigos no verão – mas, na maioria das vezes, eu não tenho problemas com elas”.
7. “Vantajosas”
“Minhas coxas sempre foram meio que para fora (e para dentro), indicando minha paixão pelo esporte. Eu me esquivava de toda essa atenção na minha juventude porque adolescentes realmente não sabem como lidar com meninas musculosas de outra forma que não seja destruindo a sua autoconfiança ou fazendo delas um fetiche. Mas então eu fui para a faculdade e me juntei ao time de rúgbi e de repente as minhas coxas eram as menores do time. O orgulho que eu sinto das minhas coxas e pernas desaparece, de vez em quando, sempre que eu estou comprando um vestido de festa ou uma calça de brim de cor clara. Mas eu estou namorando uma mulher de pernas bem longas, cujas formas não poderiam ser mais opostas às minhas e viver com ela me ensinou que as mulheres do outro lado têm os seus receios também”.
8. “Grossas”
“Eu as aceito. Elas, provavelmente, são a parte do corpo que eu nunca desprezo, mas a minha afinidade com elas oscila diariamente. Particularmente eu não gosto da celulite quando eu estou vestindo uma roupa reveladora, mas eu adotei a mentalidade de que “a vida é assim”. Acho que minhas coxas são uma representação precisa do que é a minha vida: eu gosto de correr e eu gosto de fazer spin. Eu também adoro chocolate e queijo e pão mergulhado em azeite de oliva. Eu sei que desistir dessas coisas significa que estas falhas desapareceriam, mas ei, algumas marcas nunca fizeram mal a ninguém e eu estou feliz com a minha vida do jeito que ela é”.
9. “Poderosas”
“Eu realmente adoro as minhas coxas. Eu amo a força delas e como eu posso correr milhas com elas. Houve momentos (notavelmente quando o ‘espaço entre as coxas’ era moda) que eu não gostava das minhas, mas graças à Nicki Minaj, Bey e Rihanna, eu amo minhas coxas grossas. Eu nunca iria querer a de qualquer outra pessoa”.
10. “Fortes”
“Minhas coxas têm sido a causa da maioria dos meus problemas relacionados à imagem corporal. Ainda me lembro como elas passaram de magrelas e infantis para 100 por cento parecidas com músculos de jogadores de futebol, no ensino médio. Embora eu tenha aprendido desde então a aceitá-las por sua força e tonalidade, eu ainda tenho meus dias em que me sinto envergonhada sobre a forma como saltam dos meus shorts de verão ou quando as minhas coxas esfregam umas nas outras quando eu ando na praia em traje de banho. Nunca terei uma coxa assim perfeitinha, mas eu posso ganhar qualquer desafio de agachamento. Mas, alguns dias eu me esforço para manter a perspectiva de qual dessas proezas é mais importante para mim”.
11. “Felizes”
“Quando mais jovem eu me via tendo que viver com a premissa de que precisava melhorar e eu passei esse sentimento direto para as minhas coxas grossas na parte superior. Passei 20 anos consecutivos mantendo minhas coxas magras e enfraquecidas, mas havia um preço a pagar em forma de exaustão, pernas cansadas e tendões contraídos. Dois anos atrás, enquanto eu corria, eu percebi como minhas pernas estavam cansadas, então eu parei na hora, dei meia volta e fui pra casa. Eu não perdi mais nenhuma corrida depois desse dia. Agora eu fortaleço, alongo, revitalizo e valorizo as minhas coxas saudáveis através da prática de ioga, caminhadas e escaladas. Posso dizer honestamente que eu me sinto melhor sobre as minhas coxas aos 58 do que aos 28, 38 ou 48!”
12. “Honestas”
“Minhas coxas lidam com muita coisa. Eles mostram igualmente sinais de longas corridas e meu pendor por chocolate como ‘café da manhã’. E elas têm sido literal e metaforicamente a base do meu crescimento. Passei por toda a #angústia em termos de problemas de aceitação do corpo durante toda a minha vida, e eu vi minhas coxas mudarem refletindo conflitos internos e externos. Cada contusão e corte tem uma história, e eu aprendi como usá-las com honestidade, apesar das minhas ocasionais crises de insegurança. Estou orgulhosa das minhas coxas, assim como eu estou orgulhosa do resto deste corpo que eu me esforço para manter saudável, real e feliz”.
13. “Mágicas”
“Estas são coxas que me permitiram dançar balé profissional na tenra idade de 10 anos. Elas são as coxas que me ajudaram a garantir, na divisão de atletismo onde eu corro, uma bolsa de estudos para a faculdade. Mais recentemente, elas são as coxas onde eu me agarrei com força no nascimento de meu filho lindo. Ao longo dos anos elas mudaram de forma, mas não posso permitir que o meu apreço fraqueje – uma tarefa que é mais falar do que fazer. No entanto, no fim das contas, elas são surpreendentes. Minhas amplas coxas marcadas podem não atender o padrão de beleza da sociedade, mas elas são impressionantes e são tudo para mim. E no fim, isso é tudo que importa”.
14. “Sólidas”
“Com um bom bronzeado, poucos dias na esteira e meu short favorito, eu sinto que elas são um dos meus maiores ativos. Mas, na maioria das vezes, eu me distraio com suas imperfeições – uma contusão aqui, alguma celulite ali, uma veia engraçada aqui. Só depois de um fim de semana de dança que eu realmente as aprecio por sua força, porque se a música é boa eu não paro, não importa a hora do dia (e nem elas)”.
15. “Grossas”
“Na minha cultura quem tem uma forma curvilínea está no padrão de beleza. Ter coxas grossas combina com isso e eu definitivamente concordo. Como eu me sinto sobre as minhas coxas depende de como estou em forma. Quando eu paro de me exercitar por um tempo a celulite e a flacidez podem, sem dúvida nenhuma, fazer com que eu não goste das minhas coxas. Mas quando eu começo a me exercitar e minhas pernas ficam firmes, eu realmente as adoro. Agora mesmo eu estou entre as duas coisas”.
16. “Femininas”
“Eu oscilo entre ressentimento e apreciação das curvas femininas que elas dão ao meu corpo. Eu me sinto o máximo quando não foco na sua aparência, mas no que elas podem fazer – elas podem pedalar minha bicicleta por uma colina íngreme; elas podem manter o meu corpo estável em uma postura difícil de ioga; e elas podem me dar energia em uma longa caminhada. Eu sou inconstante sobre o quanto elas são atraentes, mas é difícil odiá-las quando elas são uma fonte tão forte de energia”.
17. “Suaves”
“Há dias que a última coisa que eu quero fazer é colocar um short, porque eu sei que vou passar o dia inteiro cutucando as minhas coxas roliças ou tentando sentar-me estrategicamente o máximo possível para que elas não se achatem no fundo da cadeira e pareçam maiores do que são. Eu desperdicei uma quantidade inexplicável de tempo e energia na minha vida me preocupando com o fato de que minhas pernas não se encaixam necessariamente no que a sociedade diz que elas “deveriam” ser. Por mais que eu acredite ter assimilado que quanto mais velha mais tenho confiança em mim mesma, isso ainda é algo que me preocupa. Felizmente, esses dias parecem estar cada vez mais distantes. No fim, estas coxas são só minhas. Elas me levaram pelo mundo e elas me levaram para a cama a cada noite. Eu amo o jeito que minhas coxas doem após uma boa corrida, como elas são suaves, mesmo no auge do inverno, quando a gilette é mais uma memória distante do que uma realidade diária. Quando eu olho para elas hoje eu não me preocupo sobre como elas vão aparecer quando eu uso meus shorts, mas eu vejo todos os lugares que elas foram ou que ainda irão e fico orgulhosa”.
18. “Delicadas”
“Quando criança eu achava minhas coxas muito finas. Depois de assistir ‘Sailor Moon’ eu notei que as guardiãs da Sailor não tinham aquele espaço entre as coxas. Eu tinha as pernas muito finas com um espaço entre as coxas e isso me fazia odiá-las. Eu até tento ficar de pé diferente para esconder o espaço das minhas coxas e mostrar como minhas pernas eram magras. Eu realmente acho que a falta de um espaço entre as coxas é bonito, sexy e feminino. Então, ao envelhecer eu aprendi a amar minhas coxas mais e mais!”
19. “Pernas?”
“Eu gosto bastante delas, mas para ser honesta eu não gasto muito tempo pensando sobre as minhas coxas. Quando eu faço isso, geralmente é: “Devo tentar esconder essa tatuagem malfeita?”
20. “Longas”
“Eu sempre tive um relacionamento de amor e ódio com as minhas coxas. Ao crescer, eu achava que elas eram a minha parte menos favorita do corpo, especialmente por que eu tenho uma marca de nascença que aparece em toda a minha coxa direita. E ao ficar mais velha às vezes eu celebro as minhas coxas e às vezes, em outros dias, eu me sinto muito insegura. Ultimamente, porém, eu tenho tentado bastante confiar na beleza do meu corpo exatamente do jeito que ele é, então eu me sinto realmente bem sobre elas! Elas são uma bela parte de mim!”
21. “Marcadas”
“No geral, eu tendo a prestar bastante atenção nelas. Elas são sempre uma parte importante do meu corpo; elas nunca ficam bronzeadas ou de qualquer cor, como o resto do meu corpo, mesmo quando eu tento, e como eu estou ficando mais velha elas ficaram cheias de marcas e celulite. Muitas vezes eu me preocupo que se alguém acabou de ver minhas coxas essa pessoa vai pensar que eu sou uns 20 anos mais velha. Eu queria que elas não balançassem muito quando eu ando. Eu também odeio como elas se esfregam quando eu ando e que a qualquer momento ao usar um vestido ou uma saia que eu tenho que esfregar literalmente um creme antiassadura/antifricção nelas. Apesar de todos esses problemas e inseguranças, essas coxas têm me levado longe na vida. Elas me levaram para países estrangeiros, me ajudaram a concluir a pós e me ajudaram a mudar para quatro estados diferentes em quatro anos. Elas me apoiaram enquanto eu corria minha primeira meia-maratona, apesar da minha teimosia e da rigidez constante nas horas e dias que se seguiam imediatamente. Estas coxas têm visto e experimentado a vida comigo e me levaram com elas e por isso eu estou orgulhosa dessas coxas do trovão”.
22. “Desvalorizadas”
“Elas não são uma parte especialmente bonita do meu corpo ou algo que eu tente destacar. Mas agradeço a elas por serem a fonte dos meus exercícios e atividades físicas”.
23. “Agradecidas”
“Eu aprecio tudo o que minhas coxas podem fazer e as amo por isso. Posso correr, dançar e me agachar nas privadas públicas. Mas às vezes eu me sinto uma hipócrita, porque eu também sou grata pelos meus genes. Eu não tenho que me esforçar muito para ter o corpo que a sociedade quer que eu tenha. Eu ainda não descobri se eu amo minhas pernas e suas capacidades de forma incondicional, ou se eu adoro que elas satisfaçam as exigências culturais”.
24. “Fortes”
“Eu geralmente me sinto bem com elas. Recebo comentários estranhos ou de julgamento de vez em quando que me deixam meio mal. Mas na maioria das vezes, ser ativa e saudável me ajuda a concentrar no que o meu corpo pode fazer e não na forma como as outras pessoas as veem”.
25. “Apoio”
“Elas não são a parte favorita do meu corpo, mas elas são OK. Elas são muito mais fortes do que costumavam ser, graças a muito spinning“.