Um divórcio já é uma das situações mais dolorosas que podemos enfrentar. Brigando por dinheiro, então, o momento se torna insuportável. Afinal, a separação já envolve uma mudança radical no dia a dia: a rotina, a criação dos filhos, a reformulação de tantos planos e sonhos. Quando a discussão se volta para o bolso do casal, os danos podem ser enormes.
A saída? Planejar-se financeiramente para o divórcio.
Nessa hora, você precisa se organizar e avaliar uma série de questões que podem fazer toda a diferença para o seu futuro e o dos seus filhos. Para ajudar, montei um pequeno guia. Confira:
1) Organize as suas contas
Você precisa ver no detalhe todas as despesas da casa. Aluguel, condomínio, impostos, carro, escola das crianças, supermercado, plano de saúde… Listar e entender exatamente o custo de vida da sua família é essencial. Com este conhecimento, você vai poder avaliar como deverá ser a divisão de responsabilidades e iniciar a conversa sobre a pensão alimentícia.
2) Conheça seus direitos sobre pensão alimentícia
Quem tem filhos tem o direito de contar com a pensão. Com a nova lei da pensão alimentícia (em vigor desde março de 2016), o limite do valor da pensão para quem tem renda fixa subiu para até 50% do holerite. Se você avalia que vai precisar de mais do que foi cedido pela justiça, existe a possibilidade de rever o valor. Para conseguir, reúna todos os documentos necessários que comprovem que a pensão estipulada pelo juiz não é suficiente. Da mesma maneira, o pai também pode recorrer à justiça para revisar a quantia caso fique desempregado ou em dificuldades financeiras. Para ajudar você, contrate um advogado.
3) Troque o nome de documentos, cartões e outros
Se você acrescentou o sobrenome do seu marido na hora do casamento e decidiu retirá-lo no divórcio, precisa trocar todos os documentos. Isso também vale para contas bancárias, cartões de crédito, apólices de seguro, e outros. Assim você evita complicações na justiça.
4) Faça a separação bancária, de investimentos e dívidas
Se vocês tinham uma conta conjunta, é hora de encerrá-la. Avalie os investimentos e dívidas do casal e veja como eles serão distribuídos. Isso serve desde a parcela do apartamento até para a fatura do cartão de crédito. Explique para seu gerente de banco que está passando por divórcio.
5) Construa o seu pé-de-meia
Agora que você está por conta própria, é fundamental ter um dinheiro guardado para emergências. O ideal é que você poupe 20% do seu salário, mas muitas vezes isso parece uma missão impossível. Por isso, comece aos poucos: guarde num mês 5%, depois suba para 10%, e assim por diante. Pense neste dinheiro como um seguro para você e seus filhos para imprevistos.
Se você quiser ler mais sobre o assunto, acesse o Finanças Femininas.
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