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Como conversar com o filho sobre puberdade

Os meninos ficam muito ansiosos com as mudanças físicas típicas da puberdade - voz grossa, pelos, ereções. E precisam de informações sobre o que está acontecendo com seu corpo

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 22h10 - Publicado em 2 jun 2013, 22h00
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  • O importante é que os meninos estejam preparados para as transformações dessa fase antes que elas aconteçam
    Foto: Getty Images

    Fala-se pouco sobre as transformações do corpo do menino durante a puberdade, dando a falsa impressão de que ele estaria mais seguro do que as meninas. No entanto, os garotos ficam tão curiosos e apreensivos quanto elas e precisam de informação e apoio nessa passagem de um corpo de criança para um corpo de adulto.

    A puberdade no menino começa por volta dos 11 ou 12 anos. É um período em que ele cresce rapidamente. Nascem os pelos; pênis e testículos aumentam de tamanho. A transpiração passa a ter um odor diferente. Pele e cabelo ficam mais oleosos e podem surgir espinhas no rosto e nas costas. Também é comum a voz engrossar. Nessa fase, geralmente aos 13 ou 14 anos, o menino tem a primeira ejaculação. Ela pode acontecer como resultado da masturbação ou durante o sono. Também são comuns as ereções espontâneas, em qualquer lugar, a qualquer hora, sem que o pênis seja estimulado ou tocado. Tudo isso é perfeitamente normal e faz parte de uma puberdade saudável.

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    Orgulho e medo

    Alguns meninos se sentem orgulhosos quando percebem que seu corpo começa a se transformar. Outros têm a sensação de que ainda não estão prontos para as mudanças e há também os que oscilam entre esses dois sentimentos. Mas todos concordam que saber o que está acontecendo e ter alguém com quem falar sobre as modificações físicas é uma grande ajuda.

    A maioria dos pais não tem informações suficientes para orientar os adolescentes. É raro o pai que sabe explicar, por exemplo, a razão da ejaculação noturna. As mães sabem menos ainda. Muitos não se sentem à vontade para falar sobre masturbação e ejaculação. No entanto, é preciso vencer essas barreiras, buscar informações e ajudar a criança a entender o que se passa com ela.

    Tudo muito natural

    Uma forma de introduzir o assunto e descontrair a conversa é falar da própria experiência: “Quando eu tinha a sua idade, nasceram os primeiros pelos” ou “minha voz ficava desafinando” são boas maneiras de começar o diálogo. O pai também pode descrever seus sentimentos (nervosismo, orgulho, medo) e contar, num tom bem-humorado, situações constrangedoras pelas quais passou, como uma ereção espontânea num lugar impróprio.

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    Não é recomendável marcar uma conversa solene. O melhor é abordar o assunto casualmente, no momento em que parecer natural.

    Preparando o futuro

    Se for muito difícil falar sobre questões da puberdade, um pediatra de adolescentes pode ser a pessoa indicada para tirar as dúvidas dos meninos. Outra ideia é procurar livros que pais e filhos possam ler juntos ou que eles leiam sozinhos.

    O importante é que os meninos estejam preparados para as transformações dessa fase antes que elas aconteçam. A criança de 9 a 10 anos já tem várias perguntas e medos. Falar claramente sobre isso cria uma base de respeito e confiança que vai servir para conversas sobre educação sexual no futuro.
     

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