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Documentário protagonizado por mulheres aborda força do empreendedorismo

Conheça a história de Neurilene, Elidiana, Antônia e outras empreendedoras que mudaram de vida por meio da gastronomia

Por Marina Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 jun 2022, 18h21 - Publicado em 2 jun 2022, 16h25
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  • Empreendedorismo. Essa palavra, que parece sofisticada quando dita em voz alta, é, a verdade, sinônimo de sobrevivência para milhares de brasileiras. Segundo um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no último trimestre de 2021, o volume de mulheres à frente de um negócio no Brasil subiu para 10,1 milhões – o resultado ultrapassa o registrado em 2020 e se equipara aos últimos três meses de 2019, ano que antecedeu a pandemia.

    Para essas mais de 10 milhões de brasileiras, empreender é sinônimo de encontrar um meio de sustentar a família e criar a coragem de enfrentar muitas barreiras para iniciar o próprio negócio como empreendedoras.

    Essa batalha diária enfrentada por tantas mulheres é exibida na série documental “Todo Dia É Dia“, projeto criado pela Consul. Ao longo de 8 episódios, todos disponíveis no YouTube, a produção conta as histórias de 11 mulheres, de diferentes regiões do país, que conseguiram mudar suas vidas e a de suas famílias após acreditarem em si e abrirem o próprio negócio com apoio do Consulado da Mulher.

    Neurilene, documentário Todo Dia é Dia, Consulado da Mulher, Consul
    Em seu episódio, Neurilene conta como foi abrir o Sumimi, primeiro restaurante da Comunidade Indígena Três Unidos, no interior do Amazonas (| Foto: Consul/Divulgação)

    A série é produzida em parceria aos diretores de cinema Murilo Meola e Letícia de Bortoli. Juntos, ao longo de vários dias, eles mergulharam no universo do empreendedorismo feminino em mais de 30 horas de entrevistas e 15 mil quilômetros rodados.

    Cada episódio conta a história de uma personagem da vida real, como a Neurilene, uma indígena que abriu o primeiro restaurante da Comunidade Indígena Três Unidos, no interior do Amazonas; ou da Antonia, que após se curar de um câncer, resolveu deixar o emprego e trabalhar com o que sempre sonhou: doces e salgados.

    Consulado da Mulher

    Idealizado pela Consul, o Instituto Consulado da Mulher é um projeto que incentiva e viabiliza geração de renda para melhorar a qualidade de vida das pessoas, investindo no empreendedorismo feminino. Nos 20 anos de atuação da iniciativa, mais de 37 mil pessoas já foram beneficiadas e 1 387 projetos já foram apoiados por todo o Brasil.

    “O Consulado da Mulher é um facilitador, pois descomplica e traduz o mundo do empreendedorismo formal para o informal. As histórias das 11 mulheres do documentário têm conexão com o momento que muitas outras estão vivendo, de dificuldade financeira, de desacreditar no próprio potencial, de ter o sonho de abrir um negócio, mas não achar que é capaz. Queremos reforçar o poder dessas mulheres e mostrar que sonho impossível é aquele que ninguém tentou realizar”, explica Allyne Magnoli, Diretora de Marketing da Whirlpool.

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    No ano passado, pela primeira vez, o Consulado da Mulher realizou uma pesquisa com mulheres que passaram por seus programas de capacitação, entre 2016 e 2019, para entender o impacto de suas atividades ao longo do tempo, de 3 a 5 anos após a assessoria. O levantamento apontou que 80% das entrevistadas continuam empreendendo, 89% continuaram aumentando o faturamento e 55% seguiram fazendo reformas e melhorias na casa e no negócio após o programa. 

    Assista aos episódios:

    NEURILENE (RESTAURANTE SUMIMI)

    Neurilene é uma das líderes do grupo indígena Kambeba e fundou, junto com sua família, a aldeia modelo Três Unidos, localizada às margens do baixo Rio Negro. Além de cuidar da comunidade local como técnica de enfermagem, Neurilene mudou a realidade da região ao empreender no primeiro restaurante à beira rio do local, no qual emprega 10 mulheres indígenas. Mas o jogo entre tradição e inovação sempre traz desafios, e essa jovem mãe de três filhos precisa enfrentar a estrutura patriarcal para manter o sustento das famílias de suas colaboradoras, mesmo durante a implacável pandemia do Covid-19. Assista:

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    ANTÔNIA (DOCE ENCANTO)

    Antônia cresceu na periferia de São Paulo e sempre sonhou em ter o próprio restaurante. Mãe de 3 filhas, trabalhava em dois empregos para ajudar no sustento da família. Ao descobrir, ao mesmo tempo, um câncer e uma nova gravidez, decidiu pedir demissão e usar o dinheiro da rescisão para vender bolos e tortas na porta de uma faculdade. Com a cabeça repleta de sonhos e reflexões, ali começou a sua trajetória empreendedora, que a transformou, em suas palavras, em “uma mulher segura que encontrou seu caminho”. Assista:

    ELIDIANA (DIANA’S DOCES)

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    Elidiana era uma menina que não tinha sonhos. Desde muito nova, trabalhava duro para ajudar a mãe com o sustento da família. Quando cresceu, encontrou na cozinha a sua vocação. Começou a empreender distribuindo doces pelas fábricas do polo industrial de Rio Claro/SP, e hoje administra o próprio negócio há mais de 15 anos. Elidiana demorou muitos anos para reconhecer o seu valor. E hoje, como empreendedora e dona do próprio destino, aprendeu a sonhar. Assista:

     

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