É Dia dos Namorados e o clima de romance está em toda parte, contagiando a todos. Menos àqueles, que, apesar de estarem em um relacionamento, não se sentem felizes, muito menos dispostos a comemorar. Este é seu caso? Se sim, o que causa seu descontentamento?
Caso não saiba a resposta, aqui vai um exercício de reflexão: questione-se a respeito de sua relação, pense se ela lhe faz mal ou bem, ponha na balança seus aspectos positivos e negativos. Lembrando que um relacionamento não precisa ser perfeito o tempo todo, pois a vida não é um comercial de margarina e a alternância entre momentos de maior ou menor felicidade é natural.
O problema é quando a balança pende mais para o lado negativo. “Um relacionamento deve trazer predomínio de emoções agradáveis e positivas, se isso não acontece, ele se torna tóxico”, explica o professor Eduardo Calbucci, co-criador do Programa Semente, de habilidades socioemocionais.
Ele aponta que, antes de qualquer coisa, a vida a dois requer constantes negociações e muita empatia. “É absolutamente essencial em uma relação compreender o que o outro está sentindo e pensando. É preciso preocupar-se com as próprias necessidades, mas também olhar a dos outros”.
É a partir da ausência de empatia, aliás, que o relacionamento pode desandar para uma situação tóxica. “Se a gente percebe que o outro pode fazer mais e não faz, se o que a gente entrega é mais do que o que recebe, isso é um primeiro sinal”, explica.
“Em geral, o responsável pela toxicidade tem uma postura egoísta enquanto a vítima está em uma posição fragilizada, sem suas necessidades atendidas. E as demais atitudes tóxicas nascem do egoísmo, que engloba agressividade, distanciamento, não tolerância….”, continua.
Acabou?
Perceber-se em um relacionamento tóxico não equivale a condená-lo ao fim. Ao contrário, pode ser a oportunidade de remodelar o convívio. Calbucci explica que, nesses momentos, é fundamental ter maturidade para conversas que levarão a um acordo.
Se isso não for possível, tudo bem também. Talvez seja a hora de praticar o desapego e entender as diferentes fases da vida de cada um, por mais difícil e aterrorizante que isso possa ser.
Independentemente do desfecho, é na comunicação clara e franca que um relacionamento saudável se sustenta, o que serve de alerta. “Se a pessoa tem medo de dizer algo para o(a) parceiro(a), já é sinal de que está em um relacionamento tóxico. Porque, numa relação, deve ser construído um ambiente aberto ao diálogo e que mantenha o canal de comunicação do casal aberto.“
Autoconhecimento
Precisa de ajuda para saber se está ou não em uma relação que ainda vale a pena? Aqui vão algumas. Mas lembre-se de que não existe fórmula mágica quando o assunto é relacionamento. A reflexão é o primeiro passo da jornada.
- Avalie a situação: a relação ainda te faz bem?
- Caso perceba problemas, converse com o(a) parceiro(a) a respeito do que te incomoda
- Caso seja necessário, busque um terapeuta para ajudá-los a atravessar a fase difícil
- Ainda infeliz? Que tal partir para a próxima? A vida segue!
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