“Mamãe, eu vou morrer”: o desespero das mães das vítimas do atentado de Orlando
Mina Justice e Christine Leinonen perderam seus filhos no massacre que deixou ao menos 50 mortos no último domingo (12), em Orlando
“Ele está vindo. Eu vou morrer.” Essas mensagens chegaram ao celular de Mina Justice, às 2:39 da madrugada de domingo. Elas foram enviadas por Eddie, seu filho, que estava na boate Pulse, em Orlando. A casa foi invadida por um atirador que matou, ao menos, 49 pessoas.
O jovem de 30 anos estava preso no banheiro quando começou a teclar para sua mãe. Nos recados, ele contava que Omar Mateen, assassino identificado, estava determinado a matá-los. “Ligue para eles (policiais), mãe. Agora. Eu estou no banheiro. Ele está vindo. Eu vou morrer. Ele nos pegou e está aqui com a gente”, disse.
À Fox TV, Mina disse que conseguiu falar por alguns segundos ao telefone e ouviu muitas pessoas chorando ao fundo. “Isso foi tudo”, finalizou. Infelizmente, horas mais tarde, as autoridades locais confirmaram o rapaz como uma das vítimas fatais.
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Christine Leinonen
Christina Leinonen passou o domingo no Orlando Regional Medical Center à espera de notícias de seu filho, Christopher, de 32 anos.
A expectativa já era aterrorizante. “Eles disseram que há um monte de cadáveres no clube e que é uma cena de crime. O namorado dele, Juan Guerrero, foi encontrado com múltiplos ferimentos de bala e foi levado pelo resgate”, disse Leinonen à ABC News.
Horas se passaram e veio a trágica confirmação. Ele não resistiu. “Sempre foi uma pessoa incrível, era como um irmão mais velho para mim”, disse o primo de Juan, Robert Guerrero.
Mais tarde, Christine também “recebeu a ligação que nenhuma mãe deveria receber”. Ao New York Daily News, ela disse que “as autoridades identificaram Christopher”.
Meu coração está pesado. Peço orações por mim e por minha família, que perdemos alguém que amamos em um crime de ódio completamente sem sentido. Não entendemos como ou o motivo de ter acontecido, mas confio em Deus e que vamos nos reencontrar
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