“Ele está vindo. Eu vou morrer.” Essas mensagens chegaram ao celular de Mina Justice, às 2:39 da madrugada de domingo. Elas foram enviadas por Eddie, seu filho, que estava na boate Pulse, em Orlando. A casa foi invadida por um atirador que matou, ao menos, 49 pessoas.
O jovem de 30 anos estava preso no banheiro quando começou a teclar para sua mãe. Nos recados, ele contava que Omar Mateen, assassino identificado, estava determinado a matá-los. “Ligue para eles (policiais), mãe. Agora. Eu estou no banheiro. Ele está vindo. Eu vou morrer. Ele nos pegou e está aqui com a gente”, disse.
À Fox TV, Mina disse que conseguiu falar por alguns segundos ao telefone e ouviu muitas pessoas chorando ao fundo. “Isso foi tudo”, finalizou. Infelizmente, horas mais tarde, as autoridades locais confirmaram o rapaz como uma das vítimas fatais.
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Christine Leinonen
Christina Leinonen passou o domingo no Orlando Regional Medical Center à espera de notícias de seu filho, Christopher, de 32 anos.
A expectativa já era aterrorizante. “Eles disseram que há um monte de cadáveres no clube e que é uma cena de crime. O namorado dele, Juan Guerrero, foi encontrado com múltiplos ferimentos de bala e foi levado pelo resgate”, disse Leinonen à ABC News.
Horas se passaram e veio a trágica confirmação. Ele não resistiu. “Sempre foi uma pessoa incrível, era como um irmão mais velho para mim”, disse o primo de Juan, Robert Guerrero.
Mais tarde, Christine também “recebeu a ligação que nenhuma mãe deveria receber”. Ao New York Daily News, ela disse que “as autoridades identificaram Christopher”.
Meu coração está pesado. Peço orações por mim e por minha família, que perdemos alguém que amamos em um crime de ódio completamente sem sentido. Não entendemos como ou o motivo de ter acontecido, mas confio em Deus e que vamos nos reencontrar
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