Sexualidade e nudez deviam estar na pauta cotidiana. De forma livre e questionadora, principalmente, mas o nu ainda é controverso. Algumas fotos são neutralizadas, ainda mais pela abundância de imagens da internet. Outras geram polêmica.
(Redes sociais vivem tirando posts artísticos contendo nudez do ar, ao mesmo tempo que parte da cultura brasileira adora explorar o corpo feminino de forma machista e depreciativa…)
Por isso, têm surgido revistas impressas que abordam o erótico de forma reflexiva. Principalmente revistas feitas por mulheres, que querem imprimir um novo olhar para o assunto.
A nova-iorquina Adult ou a francesa IRÈNE são títulos internacionais que recentemente se aproximaram do debate do corpo em um mundo que às vezes parece mais conservador – as redes sociais, de novo elas, polarizaram debates e trouxeram opiniões fervorosas sobre determinados temas.
No Brasil, a NIN chegou para falar de arte erótica de forma livre.
“A gente quer desmitificar um pouco a nudez e a sexualidade, tratar o assunto com a delicadeza, a naturalidade e até o humor com o qual achamos que o assunto deve ser tratado, a gente não quer polemizar porque não achamos que o assunto deve ser tratado de forma polêmica”, diz Leticia Gicovate, criadora da NIN ao lado de Alice Galelfi, da Editora Guarda Chuva.
A revista brasileira feita por duas mulheres com linguagem elegante busca neutralizar as questões de gênero, sendo uma revista para homens e mulheres de todos os gêneros, segundo Leticia.
Trazendo equilíbrio ao debate, a linguagem erótica eleva o pornô e mostra a mulher assumindo sua sexualidade e entendendo o seu corpo e o próprio prazer. É sobre encontrar o olhar do belo para a anatomia e significado para o debate já que a nova geração busca sentido em questões como gênero, idade, orientação sexual e diversidade.
Novos tempos onde as mulheres estão escrevendo, fotografando, falando, desenhando, se expressando de todas as formas sobre o erótico – e é a forma mais bela possível!