Projeto propõe que famílias convidem refugiados para o Natal
A iniciativa está disponível para moradores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Aproximar famílias brasileiras de famílias refugiadas que vivem no Brasil. Esse é o objetivo do projeto Meu Amigo Refugiado, lançado no último dia 5.
No Brasil, de acordo com dados do Conselho Nacional para os Refugiados (Conare), são mais de 8 mil refugiados reconhecidos e mais de 28 mil solicitações de refúgio. Essas pessoas chegam em busca de uma nova vida, porém não conhecem a cultura e não têm amigos no novo lar.
Aproveitando o clima solidário do Natal, a ideia do projeto é que o refugiado e sua família sejam convidados a passar a ceia da noite do dia 24 ou o almoço do dia 25 em uma casa brasileira, promovendo, assim, a integração no novo país. O convidado deverá levar um prato típico de seu país para os anfitriões. A iniciativa está disponível para moradores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
No site é possível conhecer os perfis das famílias que se inscreveram para participar do programa e, inclusive, saber que prato eles poderão levar para o Natal. Depois basta clicar em “convidar o refugiado e sua família para o seu natal” e preencher um cadastro com nome, cidade e email e um pouco das tradições de Natal da família. É possível também escolher qual data ocorrerá o encontro, na noite do dia 24 ou no almoço do dia 25 de dezembro.
O Meu Amigo Refugiado é um projeto realizado pelo Migraflix, ação social que promove a integração de refugiados e imigrantes, baseada em workshops culturais e atividades ministradas por eles para brasileiros.
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O criador do Migraflix, Jonathan Berezovsky, contou ao Estadão que sua intenção era encontrar 15 famílias brasileiras dispostas a receber os 15 refugiados que querem visitar comemorações brasileiras. Em duas semanas, 600 famílias brasileiras já manifestaram interesse no site. “Só 15 famílias vão poder receber esses refugiados neste Natal, mas nós vamos fazer encontros uma vez por mês na casa de brasileiros e também na casa de refugiados no próximo ano para todo mundo ser atendido”, explica Jonathan.