Eu, meu marido e nossa filha vestidos
a caráter para jantar no Hotel Burj al Arab
Foto: Arquivo pessoal
Me mudei para a capital dos Emirados Árabes Unidos no dia 7 de abril. Eu e o Marcelo viemos de mala, cuia e filha de 3 meses porque ele é o novo técnico da seleção de futebol de areia dos Emirados.
Fiquei admirada ao ver como as pessoas aqui são fiéis. Pode-se ouvir nas ruas os chamados das mesquitas na hora das rezas diárias, que acontecem cinco vezes por dia. Aliás, por fora as mesquitas são lindíssimas. Por dentro infelizmente não posso dizer porque lá só entram homens, e mesmo assim só se forem muçulmanos.
Clube do Bolinha e da Luluzinha
O que mais me chamou a atenção, de fato, foi a rígida separação entre homens e mulheres. Escola, salão de beleza, piscina e academia são específicos para cada sexo. Até no banco existe uma fila só para as mulheres, que têm prioridade no atendimento. Por causa dessa divisão vários estabelecimentos em Dubai oferecem o Ladies Day, um dia em que apenas as garotas entram no parque aquático e até mesmo nas praias, por exemplo.
Por causa da religião, as nativas vestem uma espécie de burca preta chamada abaya. A cabeça é coberta com um véu, a shela. Além disso, algumas mulheres cobrem até os olhos, com véus ou óculos escuros. Detalhe: quem determina o que as mulheres podem mostrar em público ou não é o marido. Pela lei cada homem pode ter até três esposas.
Como sou católica, não tenho obrigação nenhuma de usar véu nem burca, seja onde for. Eu visto aqui as mesmas roupas que usava no Rio de Janeiro. O único cuidado que tomo é colocar sempre um top por baixo das roupas que deixam o colo um pouco à mostra, pra chamar menos a atenção.