Todo início de ano é marcado por novos propósitos: praticar exercícios, aprender um novo idioma e poupar dinheiro são apenas alguns deles. O desejo por melhoria nos leva a mudar hábitos antigos, mesmo que para isso sejam necessário duros esforços. Mas e quando a busca é pelo avanço em pautas que impactam toda a sociedade? Neste 2024, separamos algumas dicas sobre como reduzir o plástico no seu dia a dia para uma relação mais saudável com o meio ambiente.
Por que reduzir o plástico?
Atrás dos Estados Unidos, China e Índia. Essa é a posição do Brasil quando se fala em produção de lixo plástico no mundo.
Cerca de 13,7 milhões de toneladas foram geradas em 2022 em solo brasileiro, o equivalente a 64 quilos por pessoa, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A elevada quantidade causa graves problemas ao planeta.
“As mudanças climáticas são uma realidade, e o plástico faz parte dessa história por ser produzido em grandes quantidades, ser um derivado do petróleo, o que aumenta a emissão de gases de efeito estufa, e ter degradação lenta e altamente poluente”, explica Gabriela Gugelmin, Diretora de Estratégia e Sustentabilidade da ERT.
Como reduzir o consumo de plástico?
Escolha melhores produtos
Existem alternativas ao plástico que prometem impactos menores ao ambiente. Entre elas, está o bioplástico, que são plásticos feitos de material biológico renovável, geralmente plantas, resíduos ou microorganismos, em vez de petróleo ou gás natural.
Ele pode ser decomposto por micróbios e convertidos em biomassa, água e dióxido de carbono (ou na ausência de oxigênio, metano, em vez de CO2), o que acelera a decomposição. Uma parte ainda pode ser transformada em adubo.
Comprar embalagens, canudos e copos desse tipo de material, por exemplo, seria uma maneira de evitar desperdícios e causar menos danos ao meio ambiente.
No entanto, só uma pequena parte está apta a compostagem doméstica. Ou seja, a maior parte do produto só seria decomposta dentro do equipamento industrial apropriado. O que nos leva à segunda medida.
Cobre ações do governo e das empresas
Escolher produtos biodegradáveis e separar o lixo é um começo, mas nenhuma dessas ações adianta se a prefeitura não recolher o lixo e promover a coleta seletiva.
“Devemos cobrar de quem a gente consome e do poder público algumas decisões mais eficientes e rápidas, que impactem de fato o planeta positivamente”, pontua Gabriela.
Além disso, o estado também deve criar maneiras para estimular que as empresas sejam mais responsáveis.
“Quando exigimos soluções verdadeiramente sustentáveis, as empresas vão se mexer. E o poder público também. Essa é uma agenda de toda a sociedade, sem dúvidas. E uma agenda para agora.”
Escolha produtos a granel
As prateleiras do mercado são lotadas de itens com embalagens descartáveis. Cada vez mais, porém, surge a possibilidade de comprar produtos a granel.
Evite plásticos de uso único
Copos, talheres e pratos de plástico são apenas algumas das opções disponíveis para a compra que são descartados depois de uma única vez de uso. Optar por levar ou solicitar esses itens aos locais em que você vai comer, por exemplo, é uma saída para reduzir o uso deles.
Substitua as sacolas por ecobags
As bolsas de pano são mais sustentáveis do que as sacolas de plástico. Na ida ao mercado ou feira, vale a pena usá-las na intenção de diminuir a necessidade daquelas que possuem material descartável.
Substitua potes de plásticos por vidros ou aço
Os potes plásticos fazem parte da vida de diversos brasileiros. Levar o almoço para o trabalho ou facilitar o dia a dia com a separação do que vai comer nos dias seguintes é o motivo principal para isso.
O meio ambiente, entretanto, sofre com tal escolha. Preferir materiais como vidro e aço inoxidável é mais interessante.
Descartar melhor
A separação adequada do lixo entre orgânico e seco é uma indicação do profissional. Caso haja possibilidade em sua casa, dividir espaços para vidro, plástico, metal e papel também é uma estratégia.