Amazônia tem recorde de queimadas no mês agosto
O bioma registrou mais de 30 mil focos de queimadas
No mês passado, a Amazônia teve mais de 30 mil queimadas, precisamente 31.513. Este foi o maior número registrado para agosto desde 2010, quando a região teve 45.108 focos. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na quinta-feira (1).
O bioma bateu recorde no dia 22 de agosto, quando em apenas 24 horas registrou 3.358 focos de queimadas. Entre os locais mais afetados, o Pará segue em primeiro lugar com 11.364 focos, seguido do Amazonas, com 7.659, e Mato Grosso, com 5.156.
O índice está em um nível tão alto que, de acordo com programa de monitoramento ambiental Copernicus, da União Europeia, esse cenário afetou drasticamente a qualidade do ar na América do Sul.
O G1 entrevistou uma especialista em políticas públicas para comentar sobre o assunto. “Os incêndios florestais na Amazônia estão batendo recordes neste ano em uma combinação de seca, explosão do desmatamento – impulsionada por um governo federal ecocida que vê a política ambiental como mero entrave a ser afastado – e uso inadequado do fogo associado ao próprio desmatamento”, afirma Suely Araújo, do Observatório do Clima.
É o quarto ano consecutivo, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, que a marca fica acima de 28 mil. O número também está acima da média histórica para agosto, que está em 26 mil (o cálculo do Inpe não considera os valores do ano corrente). Ao todo, a Amazônia soma 46.022 registros desde o começo de 2022, o mesmo período teve 39.424 focos de incêndio em 2021.